Eleições

'Não pode ser uma chapa pura', diz Gleisi sobre impasse para aliança Kalil/Lula

Em entrevista à rádio Super, presidente nacional do PT reforçou o desejo de uma dobradinha entre Lula e Kalil em Minas

Por Leíse Costa
Publicado em 11 de maio de 2022 | 18:35
 
 
Gleisi Hoffmann diz que Reginaldo Lopes vai buscar construção da aliança Lula/Kalil Foto: Reprodução/YouTube

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reforçou o desejo de firmar a aliança entre o ex-presidente do Lula (PT) e o ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD), nas eleições deste ano, o que garantiria um palanque para o petista no Estado, considerado essencial para a sigla na corrida presidencial. A sinalização da dirigente ao partido presidido por Gilberto Kassab foi feita durante entrevista ao  programa Alerta Super, da rádio Super 91,7 FM, nesta quarta-feira (11).

No centro do impasse entre Kalil e Lula está a vaga ao Senado. Enquanto o pré-candidato à Presidência da República defende a candidatura de Reginaldo Lopes (PT), Kalil aposta no nome de seu partido, Alexandre Silveira (PSD). Questionada sobre como garantir Lula no palanque de Kalil, Gleisi ressaltou o bom relacionamento com o PSD, mas defendeu que não é possível aceitar uma chapa composta unicamente pela sigla. 

“Nós temos muita simpatia pelo Kalil, o presidente Lula quer ficar com ele, mas, obviamente, nós vamos precisar sentar e conversar com o PSD porque não pode ser uma chapa pura, todo mundo do PSD na chapa”, afirma.

De acordo com Gleisi, a relação com o PSD é amigável e a situação em Minas é atípica devido à resistência de Silveira para um acordo. “Temos conversado muito com o Kassab sobre outros Estados, a nossa relação com o PSD é muito boa, mas essa situação pontual em Minas, a posição do senador Alexandre, tem dificultado um pouco essas conversas”, disse. 

Gleisi também ressaltou que a inviabilização da chapa entre os partidos não será negativa apenas para Lula, e que a campanha de Kalil também seria impactada. 

“Espero que a gente chegue em um bom entendimento, acho que seria bom para Minas Gerais e para o Brasil nós estarmos juntos numa frente que possa fazer o palanque e, óbvio, o apoio do Lula também é importante para o Kalil por conta do que estamos vendo em Minas, do posicionamento do presidente nas pesquisas”, declarou, citando o levantamento do DATATEMPO, divulgado na última segunda-feira (9), que mostra Lula liderando a disputa presidencial com 44,4% das intenções de voto em Minas, contra 29,95% do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), o segundo colocado.