Novo entra na Justiça contra Kalil por propaganda eleitoral fora de época

O partido Novo, ao qual o governador Romeu Zema é filiado, entrou com uma ação na Justiça Eleitoral contra o pré-candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD). O partido afirma que no vídeo publicado na segunda-feira (25) nas suas redes sociais, Kalil pediu voto de forma explícita fora do período de campanha. Os advogados do Novo pedem que o conteúdo seja retirado do ar e que o ex-prefeito de Belo Horizonte seja multado em R$ 25 mil.

No vídeo, Kalil responde comentários e perguntas feitas por seus seguidores nas redes sociais. Em determinado momento, é lido um comentário que diz que “é Kalil na cabeça e Zema nunca mais”. Para o Novo, o comentário é uma “clara alusão em substituir o atual Governador do Estado, Romeu Zema, em nítida referência ao pleito eleitoral, incitando disputa eleitoral ainda inexistente”.

Também é mostrado um comentário em que o usuário diz que Kalil tem o seu voto. “Em seguida, o Representado (Kalil) diz, subliminarmente, que com o voto dele, com o voto do eleitor, que ‘O que vai mudar é a vontade de fazer. Isso vai mudar!”, argumenta o partido de Zema na ação.

“E piora! Após dizer que vai mudar com o voto do eleitor, o Representado pede, expressamente, que o eleitor peça votos para vizinhos: ‘Nós temos que levar essa mensagem. Então você bate no seu vizinho e conta isso pra ele. Aí, você vai do outro lado e conta isso pra ele. Vai no trabalho e grita isso. Eu conto com você aí”, acrescentam os advogados.

A ação argumenta que o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que não é necessário haver o pedido expresso de voto para que se configure propaganda eleitoral extemporânea. Para o Novo, o mero fato de se utilizar palavras e expressões que sugiram o voto propriamente dito para o eleitor, como “vamos eleger”, basta para que o crime seja cometido.

A reportagem entrou em contato com a pré-campanha de Kalil e aguarda um posicionamento.

Confira o vídeo na íntegra:

O que vai mudar no Governo de Minas Gerais é a vontade de fazer. Nós vamos olhar pro povo, pra quem mais precisa. pic.twitter.com/zE8QN4hsik