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Pesquisa DataTempo/CP2: desempenho de Bolsonaro é melhor entre os com mais renda

Entre os que recebem dez salários mínimos ou mais, presidente alcança 36,95 das intenções; Já entre os jovens, chefe do Executivo tem o pior índice do levantamento

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 02 de agosto de 2021 | 20:00
 
 
Presidente da República, Jair Bolsonaro, está em Pernambuco neste sábado (4) Foto: Alan Santos/PR / Fotos Públicas

A parcela da população mineira em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem melhor desempenho é quando os eleitores são divididos por renda. De acordo com a pesquisa DataTempo/CP2 realizada entre os dias 17 e 20 de julho, na faixa daqueles que recebem mais de dez salários mínimos (R$ 11 mil ou mais), 36,9% dos entrevistados declararam que votariam no presidente nas eleições de 2022. Isso representa 11,8% a mais quando comparado com os 25,1% das intenções de voto que o presidente tem quando se leva em conta a população mineira como um todo.

Além disso, quanto maior a renda dos eleitores, maior a chance de eles votarem para reeleger Jair Bolsonaro: o presidente tem 30,3% das intenções de voto entre quem ganha de cinco a dez salários mínimos; 26% no grupo que ganha de dois a cinco salários e 19,8% entre os que ganham até dois salários mínimos.

Nos últimos meses, Bolsonaro tem se movimentado para tentar implantar medidas que tragam benefícios para a população de baixa renda, justamente onde ele tem pior desempenho.

Além das renovações do auxílio emergencial, a proposta de reforma tributária prevê o aumento da faixa de isenção do imposto de renda de R$ 1.900 para R$ 2.500. Outra iniciativa é tentar aumentar o valor médio do Bolsa Família de R$ 192 para R$ 300 após o fim do auxílio emergencial, em novembro. 

Entre os eleitores do gênero masculino, 29,6% disseram ter intenção de votar no presidente em 2022. Quando se leva em conta somente as mulheres, o apoio diminui: 20,8%.

De quem é o voto dos jovens?

O pior desempenho de Bolsonaro em todos os recortes (renda, gênero e idade) é registrado entre os jovens de 16 a 24 anos, faixa etária em que o presidente cai para 14,6% das intenções de voto. São 10,5% a menos do que na pesquisa geral.

Por outro lado, Bolsonaro tem desempenho melhor nas faixas etárias com idade mais avançada: as intenções de voto dele no grupo de pessoas com 60 anos ou mais em Minas são de 27,8% e chegam ao ápice de 29,8% no grupo entre 45 e 59 anos.

Já entre os eleitores de 35 a 44 anos, as intenções de voto caem para 20,8% e voltam a subir na faixa de 25 a 34 anos: 27,1%.