ELEIÇÕES 2022

Simone Tebet diz que Brasil é “transatlântico à deriva”

Pré-candidata pelo MDB disse que Bolsonaro faz desgoverno e foi “aliado interno da covid-19

Por LEVY GUIMARÃES
Publicado em 26 de maio de 2022 | 19:15
 
 
A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Pré-candidata à presidência da República pelo MDB, a senadora Simone Tebet classificou o Brasil como um “transatlântico à deriva entre turbulências”. Em encontro com empresários, em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (26), ela disse que a “briga ideológica” impede o país de crescer.

“O Brasil é um transatlântico. Mas se encontra à deriva, no meio do oceano, entre turbulências, com o motor desligado. Ora pende para a direita, ora para a esquerda, numa briga ideológica, e o timoneiro simplesmente não tem a capacidade de ligar o motor, olhar para a bússola, ver que o caminho é para o norte e seguir em frente com toda a potência”, afirmou.

Segundo a senadora, milhões de brasileiros ocupam “os porões desse transatlântico”, se referindo aos que vivem em situação de insegurança alimentar.

Tebet também criticou a condução da pandemia pelo o governo Jair Bolsonaro, a quem chamou de “aliado interno” da covid-19. “Um desgoverno que não conhece o Brasil”, disse.

Provável nome da chamada terceira via nas eleições deste ano, Simone Tebet tenta romper a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro, mas ainda patina nas pesquisas.

No levantamento divulgado nesta quinta pelo Datafolha, ela aparece com apenas 2% das intenções de votos, empatada com André Janones (Avante).

Apoiada por MDB e Cidadania, a emedebista ainda espera contar com o apoio do PSDB após a retirada da pré-candidatura de João Doria. Porém, algumas alas tucanas preferem que o partido insista em uma candidatura própria, buscando outro nome.

Além disso, Tebet encontra dificuldades dentro do MDB. Apesar de ter respaldo na direção do partido, diretórios do partido no Nordeste tendem a se aliar a Lula, enquanto no Sul, a legenda se inclina a Bolsonaro.

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