Coberta de lama, a escada que dá acesso a uma das entradas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais foi palco de uma manifestação contra a mineradora Vale, responsável pelo crime ambiental ocorrido em Brumadinho, na última sexta-feira (25).
O protesto foi organizado pelo movimento Santa Mão, criado em Belo Horizonte após o rompimento da barragem localizada no Córrego do Feijão.
Guilherme, que não quis revelar o sobrenome, afirma que o objetivo do grupo é fiscalizar todos os acontecimentos: "Os engenheiros já estavam cientes do que poderia ocorrer. Eles não tomaram nenhuma providência".
P.D, que prefere manter anonimato, também é integrante do movimento, mora e trabalha em Casa Branca, a 20 minutos do Córrego do Feijão, onde estava localizada a barragem. Ele e cinco amigos foram ao local após o rompimento prestar ajuda às vítimas.
"Dinheiro não compra vida. Vamos continuar brigando até morrer. Dou minha vida por essa causa. A Vale tem que ir embora, sair do nosso país", esbravejou.
Ao som de muitos apitos, os manifestantes entoavam palavras de ordem contra a mineradora: "Não foi acidente. A Vale mata rio, mata peixe e mata gente".
Os manifestantes também exigem que os deputados estaduais que iniciam seus mandatos nesta sexta-feira instaurem a "CPI da Mineração".