A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu preventivamente nesta quinta-feira (15) o vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista (PSC). O parlamentar é investigado em um homicídio de um vereador de Funilândia em julho deste ano em frente à estação de metrô Vila Oeste.
Apesar de ter mandato na cidade da região Central do Estado, Hamilton Dias de Moura era presidente do Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (SIMECLODIF), que tem a sede na capital mineira. O então pré-candidato à prefeitura de Funilândia foi morto dentro do próprio carro.
Pessoas envolvidas na investigação dizem que o crime pode ter a ver com disputa sindical.
Em contato com a reportagem, o filho do vereador, Douglas Batista, que é o presidente do PSC em Belo Horizonte, disse que não estava sabendo da prisão e que o pai tinha saído de casa na parte da manhã para uma reunião. O advogado do parlamentar, Humberto Martins, também disse desconhecer a prisão e que estava a caminho da Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para colher mais informações.
Mandado
Em agosto deste ano, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador na Câmara Municipal durante as investigações. Dez computadores foram apreendidos pela corporação.
À época, por meio de nota, a assessoria do vereador informou que ele não era o alvo principal da investigação e que as buscas "não causavam nenhum receio ao parlamentar".
Após o desgaste tido com a operação em seu gabinete, Ronaldo Batista desistiu de tentar a reeleição para a Câmara Municipal de Belo Horizonte. Ele assumiu o cargo em 2019 após o então vereador Cláudio Duarte ter sido cassado pelos colegas pelo crime de rachadinha.