Sem jogar na Rússia

Alvo de Galo e Cruzeiro, Pedro Rocha batalha para ser emprestado no Brasil

Meia-atacante foi comprado por 12 milhões de euros, mas não vem jogando no Spartak, que só quer vendê-lo pelo mesmo preço

Por Frederico Ribeiro e Bernardo Lacerda
Publicado em 01 de abril de 2019 | 16:38
 
 
Pedro Rocha foi comprado por 12 milhões de euros e só participou de uma partida da Liga Russa em 2018/2019 Foto: Reprodução/Spartak

O relógio joga contra, mas paciência é o que mais tem talhado o trabalho do atacante Pedro Rocha na Rússia. Protagonista do Grêmio na conquista da Copa do Brasil 2016, contra o Atlético, o ponta-esquerda vive momento na sombra no Spartak Moscou, e uma tentativa de retorno ao Brasil é trabalhada pelo agente do jogador, Hamilton Bernard.

O atacante de 24 anos chegou a ser alvo de Cruzeiro e Atlético nesta janela de transferências internacional. Ela, inclusive, é um obstáculo. A janela para entrada no Brasil se encerra à meia-noite desta quarta-feira (3) e só abre em 1º de julho. 

Outra barreira para satisfazer o desejo do jogador é a vontade dos russos em rever o investimento. Ou seja, eles, neste momento, não querem emprestar o atleta e só aceitam vendê-lo pelos mesmos 12 milhões de euros que pagaram ao Grêmio. Bernard explicou ao SuperFC a situação de Pedro Rocha, que só atuou por 66 minutos na Liga Russa, num jogo de setembro diante do Zenit.

"Pra essa janela, não tivemos novidades - de Atlético e Cruzeiro - sobre o Pedro, até porque a janela fecha agora, e temos pouco tempo. Eles só querem vender. E automaticamente, eu estou brigando, discutindo para eles emprestarem o jogador. O técnico falou que ia utilizá-lo, e não está mais. E nenhuma equipe brasileira irá pagar 12 milhões de euros", afirmou o agente.

A esperança para que Pedro Rocha possa entrar na pauta de Atlético, Cruzeiro ou outro time brasileiro deverá ser, necessariamente, uma mudança de postura do Spartak Moscou, que tem limitaçõe até para empréstimo no mercado europeu.

"Pro mercado brasileiro, é um valor muito alto. Hoje, eles não aceitam emprestar. Temos uma boa busca dos clubes brasileiros, mas pega o entrave da parte financeira. E os clubes contrataram no começo do ano, e uma contratação dessa é muito forte, pode ficar pro meio do ano, a não ser que o Spartak ligue pra mim hoje, ou amanhã e fala que vai emprestar. Aceitam emprestar pro mercado europeu desde que seja um clube de nível "A", de Champions League", completou Hamilton.