Canteiro de obras

Arena MRV tem cronograma em dia e previsão de inauguração até outubro de 2022

A reportagem do Super.FC visitou as obras do estádio alvinegro nesta sexta-feira (17); terraplanagem que começou em abril termina em novembro; fundações serão iniciadas em seguida

Por Thiago Nogueira
Publicado em 17 de julho de 2020 | 14:36
 
 
Obras da Arena MRV, no bairro Califórnia, em Belo Horizonte Cristiane Mattos

A convite da MRV, a reportagem do Super.FC visitou, nesta sexta-feira (17), as obras do estádio alvinegro, no bairro Califórnia, região Noroeste da capital. O cronograma da Arena MRV segue em dia, com previsão de término da terraplanagem em novembro. Em seguida, começam as fundações, quando os empreendedores já esperam estar com o alvará de obras em mãos. A previsão de execução das obras é entre 28 e 30 meses, com inauguração prevista entre agosto e outubro de 2022.

A visita foi guiada pelo CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi. Conselheiros também participaram da caminhada pelo canteiro de obras. O tour começou pela parte alta do complexo, onde foram instaladas as salas provisórias das equipes de engenharia, refeitório e vestiários, passando por onde será a esplanada e o campo de jogo.

A fase de supressão vegetal já foi concluída. Uma das frentes de trabalho está voltada para a canalização do córrego do Tejuco. O curso d'água vai passar por baixo do gramado da arena. Atualmente, cerca de 200 pessoas trabalham no local.

"Começamos os trabalho de terraplanagem, os cortes (no terreno), já temos algumas contenções em andamento. Estamos fazendo também a canalização do córrego, que é a fase mais desafiadora da obra, mas evoluímos muito bem nessas últimas duas semanas. Já estamos na cota ideal para poder subir o aterro", detalha Muzzi.

Custos e obras viárias

Além do trabalho no terreno do estádio, a Arena MRV já começa a se preparar para as intervenções viárias no entorno, que são contrapartidas do empreendimentos, que pode chegar a R$ 100  milhões.

Na parte viária, já estamos com os projetos executivos na fase final. Até o início de agosto, devemos estar com eles prontos. E a gente começa a fazer uma licitação com empresas, para começar os trabalhos no entorno.

Os custos totais da obra então em torno de R$ 560 milhões. Para levantar a grana, o clube vendeu 50,1% do DiamondMall, em 2017, por R$ 250 milhões. O valor corrigido chega a R$ 296,8 milhões, conforme comunicado ao mercado da Multiplan, em janeiro deste ano. O Galo também vendeu por R$ 60 milhões os naming rights para a MRV Engenharia, que terá direito ao uso comercial da marca por dez anos.

Para fechar a matemática, a plano de negócios conta com a venda das cerca de 4.500 cadeiras cativas e dos 68 camarotes. O clube também pretende levantar recursos com o licenciamento de serviços para o estacionamento, bares e alimentação.

"Estamos com o dinheiro da venda (do Diamond) encaixadinho com o cronograma de obra. Vamos executando e recebendo o dinheiro. Vamos fazer entre setembro e outubro o lançamento das cadeiras e camarotes. Estamos muito confiantes nesta venda. Temos um potencial muito grande para alavancar essas vendas. Isso é essencial para a continuidade da construção da arena", destaca Muzzi.