Posição forte e necessária

Caso sejam sócios, Galo poderá excluir suspeitos de injúria racial

Atlético aguarda que Polícia Civil passe nomes e dados dos envolvidos para tomar providências

Vídeo mostra torcedores discutindo com seguranças | Foto: Lucas Von Dollinger / Twitter
Gabriel Pazini| @superfcoficial
11/11/19 - 20h01

Um ato preconceituoso extremamente lamentável ocorrido durante o empate sem gols entre Cruzeiro e Atlético, neste domingo (10), no Mineirão, revoltou o Brasil. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dois torcedores cometendo atos racistas contra Fábio Coutinho, um segurança do Gigante da Pampulha.

Um atleticano chama Coutinho de "macaco", enquanto o outro diz "olha sua cor".

O vídeo viralizou nas redes sociais e os atos geraram enorme revolta. Ainda na noite de domingo, o Atlético se manifestou por meio de nota oficial, repudiando "veementemente qualquer ato de violência, incluindo racismo, injúria ou ofensa moral, seja no estádio ou fora dele" e afirmando que as "imagens são lamentáveis e devem ser objeto de rigorosa apuração".

O Galo, porém, pretende ir mais longe e tomar uma decisão forte e necessária. O Super.FC entrou em contato com a assessoria de imprensa do Atlético, que afirmou que "o Atlético aguarda que a Polícia Civil passe os nomes e os dados dos dois envolvidos. Tendo isso em mãos, irá verificar se eles são associados ao clube (Galo na Veia). Caso sejam, após consulta ao departamento jurídico e verificar os contratos, muito possivelmente ambos serão expulsos do plano". Vale destacar que o clube não pode proibir os suspeitos de entrarem no estádio porque o estádio não é do Atlético e essa medida cabe ao Ministério Público (MP).

A Polícia Civil de Minas Gerais já identificou os dois torcedores que teriam cometido injúria racial contra o segurança, que prestou queixa na tarde desta segunda-feira (11). Em entrevista ao Super.FC, Coutinho afirmou que, além de xingamentos racistas, foi alvo de cusparadas. Os nomes dos suspeitos, porém, não foram divulgados pela Polícia Civil, que ainda irá ouvir a dupla. Eles podem responder por crime de injúria racial.

Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Segundo a Polícia Civil, "os autores já foram qualificados e responderão pelo crime de injúria racial, que prevê pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa".

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