Galo quer R$ 100 milhões com vendas em 2020 e prevê aporte de R$ 80 milhões

Na próxima segunda-feira (16), os conselheiros do Atlético vão apreciar o orçamento do clube para a temporada 2020. As despesas e receitas do ano que vem são previstas pela diretoria executiva e precisam do aval do conselho deliberativo.

Na comparação com o orçamento de 2019 (aprovado em novembro do ano passado), o clube prevê uma maior receita com a venda de atletas sem, no entanto, gastar mais para a contratação de reforços.

O Atlético tem a intenção de gastar R$ 20 milhões para reforçar a equipe, mesmo valor planejado nesta temporada. Já a previsão de arrecadação com a negociação de jogadores é mais otimista, aumentando de R$ 70 milhões, em 2019, para R$ 100 milhões, em 2020. Os valores reais da atual temporada serão apurados no balanço fiscal de 2019, que costuma sair em mês de abril do ano subsequente.

Para o ano que vem, o Atlético estipula ainda uma redução de 10% nos custos com o futebol. Nessa semana, a diretoria já anunciou as saídas do zagueiro Leonardo Silva, do volante Elias, do goleiro Wilson, do meia Geuvânio e deve oficializar o acerto de Luan, com o V-Varen Nagasaki, do Japão. Tudo isso já deve aliviar a folha de pagamento.

Só de despesa com pessoal e encargos, o Atlético prevê um gasto de R$ 137,5 milhões. Também há uma reserva de R$ 17,1 milhões para pagamento de dívidas com clubes e com a Fifa e R$ 105 milhões só para o pagamento de empréstimos e juros do endividamento.

Empréstimo

Para dar conta de tantas despesas, o Galo colocou no orçamento a injeção de R$ 80 milhões no caixa por meio de novos empréstimos, o que é sempre temerário por causa dos juros. Depois da venda de ativos (se conseguir os R$ 100 milhões previstos), a principal fonte de receita passa a ser a televisão. São R$ 78,9 milhões previstos só com direitos de transmissão.

O número é quase 40% menor que os R$ 131,4 milhões orçados para este ano. O Atlético disputou a Libertadores neste, o que não vai ocorrer em 2020 (apenas a Sul-Americana). Diante de todo esse cenário, o orçamento atleticano para o ano que vem prevê um superavit de R$ 1,975 milhão, valor um pouco inferior aos R$ 2,663 milhões de 2019.