Inscrito na Sul-Americana, camisa 10 do Sub-20 tenta reconstruir caminho

O meia Marquinhos, camisa 10 do time júnior do Atlético, tem apenas 19 anos, mas já experimentou as voltas que o mundo da bola dá. Com passagem pelo time profissional, o meio-campista chegou a ser emprestado à Chapecoense no ano passado, mas voltou este ano para galgar novo espaço por meio do time sub-20.

Nesta semana, ele soube que foi inscrito pelo Galo na Copa Sul-Americana, competição que teve a oportunidade de vivenciar em 2018. O meio-campista entrou no jogo contra o San Lorenzo, quando o então técnico Thiago Larghi optou por uma equipe reserva. Na ocasião, o alvinegro foi eliminado após empate sem gols.

Dias depois, Marquinhos se viu envolvido num episódio extracampo, quando um vídeo mantendo relações sexuais com uma garota se espalhou pelas redes sociais. Três meses depois, ele seria emprestado à Chape.

O duelo contra os argentinos, aliás, é um dos três jogos que fez pela equipe principal. Além do jogo do ano passado, ele atuou contra a Chapecoense, em 2017, pelo Brasileiro, e diante do Tupynambás, este ano, no Campeonato Mineiro deste ano.

Marquinhos foi treinado por Rodrigo Santana na base. O time júnior é dirigido atualmente por Leandro Zago. Em 21 jogos pelo sub-20 em 2019, o jogador fez dez gols, oito no Campeonato Mineiro e dois no Brasileiro da categoria. Com 29 pontos, o Galinho lidera o Estadual, superando Uberlândia, Tupi e América no saldo de gols.

No Brasileiro Sub-20, o Atlético é o quarto colocado, com 17 pontos, somados de cinco vitórias e dois empate em nove jogos. Na quarta-feira (7), o time ficou com empate sem gols contra o Bahia, no Sesc Venda Nova. Marquinhos teve a bola do jogo, mas desperdiçou um pênalti.

Superação

Em São Luís, Marquinhos se livrou da criminalidade graças ao futebol. "O bairro que cresci tinha muitas facções, se matava muito. O meu pai se envolveu e muitos falavam que eu ia ser mais um. E acabou que eu não virei isso e dei a volta por cima. Eu cheguei a ir nesse caminho. O que me distraía desse mundo ruim era jogar na rua, ir para um campo de futebol. Era o que me fazia esquecer", contou o jogador, em entrevista à TV Galo em março deste ano.

Marquinhos já trabalhou de ajudante de pedreiro e flanelinha para ajudar a família. Na tentativa de ser um jogador de futebol profissional, passou por Audax, Ituano e Vasco antes de chegar à base do Galo, em 2016, aos 16 anos.

Como vem atuando sempre na equipe sub-20, Marquinhos pouco tem treinado com o profissional, mas agora que foi inscrito na Sul-Americana, passa a entrar nos planos. A lista atleticana conta com 30 nomes.

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