Depois de dois jogos de suspensão impostos pelo Tribunal Superior de Justiça Desportiva (STJD) por causa de declarações após a partida contra o Palmeiras, em julho, o volante Elias volta a ficar à diposição do técnico Thiago Larghi para a partida contra o Atlético-PR.

O jogador pegou gancho não por uma falta ou atitude dentro das quatro linhas, mas por uma entrevista que concedeu depois da partida. O Galo perdeu por 3 a 2. O gol da vitória palmeirense aconteceu no último minuto. Perguntado se o futebol está chato, Elias foi o mais sincero possível, mas com cuidado, até para não sofrer consequências.

“Se eles forem me punir aqui, não vou falar não. Tudo o que a gente fala, a gente é observado. É minha primeira suspensão por isso, até me pegou de surpresa. A gente tem que acatar, não concordar, mas aceitar. A gente não pode falar nada, senão toma cartão, suspensão. Às vezes, você faz gol fora de casa, dá aquela ‘provocadinha’ na torcida, você é suspenso, é punido”, lamenta Elias.

Depois do jogo contra o Verdão, Elias disse o seguinte: “É uma vergonha, não é, cara? São dois jogos seguidos fora de casa e dois jogos em que a gente está sendo assaltado, ao pé da letra”, afirmou ele, na ocasião.

Para Elias, o politicamente correto está acabando com a essência do futebol, algo que se reflete na sociedade como um todo. “Essas coisas que acontecem nos fizeram apaixonar pelo futebol, mas isso não está acontecendo mais. A tolerância está sendo zero. A gente vê o caso do Bolsonaro, eu não voto dele, mas a gente tem que tolerar. Posso não concordar, mas tolerar. E isso vem caindo para dentro do futebol. Temos que ser tolerante nas brincadeiras e aceitar as gozações”, afirmou