Contratado no meio do ano, o centroavante reserva Denílson, 23, é 15 anos mais novo que o experiente Ricardo Oliveira, 38. Ainda com poucas oportunidades no Atlético do técnico Thiago Larghi, o jovem atacante tem procurado assimilar os ensinamentos do Pastor que, embora não viva grande fase, é o artilheiro do time do ano e uma das principais referências do elenco.

Denílson fez apenas quatro jogos pelo Atlético, entrando todos no segundo tempo. A última vez foi justamente contra o Flamengo, na rodada passada. Por duas vezes nessas oportunidades, Denílson substituiu justamente Ricardo Oliveira.

“Muita gente me pergunta como é a relação com o Ricardo Oliveira, que é da mesma posição. Eu apoio, torço por ele, tenho ele como meu ídolo. O que ele coloca pra mim, tento colocar em prática no treino. Tenho que trabalhar firme e saber esperar, sendo a oportunidade no lugar no Ricardo ou de extremo (jogando mais pelos lados)”, ressaltou Denílson.

O jogador tem contrato longo com o alvinegro, até o meio de 2023. O jogador pertencia ao Granada, da Espanha, e vinha atuando pelo Vitória. Denílson é hoje o substituto imediato de Ricardo Oliveira, já que o garoto Alerrandro, integrado ao profissional, tem descido para fazer jogos pela equipe sub-20.

A questão é que Ricardo Oliveira é “fominha”. Com bom vigor físico apesar da idade, ele é o jogador de linha que mais atuou na temporada: 46 vezes. Ao tempo  que aguarda uma oportunidade, Denílson procura absorver alguns conselhos do colega de profissão.

Neste momento, é preciso paciência.  “O que tenho visto do meu amadurecimento, ainda mais quando estou em casa, é o saber esperar.  É isso que o Ricardo sempre vem colocando na minha cabeça. O meu psicológico era fraco de não entender esperar. Eu não sabia esperar. Eu era ansioso. Quando eu saía, eu ficava nervoso, não entendia o plano de jogo. E, quando cheguei ao Atlético, e me deparei com ele, ele disse que iria me ajudar nessa reta no Atlético”, explicou.

Para o técnico Thiago Larghi, Denílson vive um momento de adaptação, algo que é normal nos primeiros meses de clube. “Quando um jogador chega para um clube grande, precisa de adaptação. E o Denílson passa por esse momento. Ele não é diferente de muitos jogadores que chegaram aqui”, classificou.