Sem seguro

Sondado por outros clubes, Galo efetiva Santana mas não garante eternidade

O bom desempenho no Campeonato Brasileiro e principalmente na Copa do Brasil, credenciaram o jovem comandante, de 37 anos, ao cargo.

Thiago Nogueira| @SuperFCoficial
25/06/19 - 07h10

Depois de 17 jogos, oito vitórias, três empates, seis derrotas e um aproveitamento de 53%, o técnico Rodrigo Santana foi efetivado ontem como treinador do Atlético até o fim da temporada. O bom desempenho no Campeonato Brasileiro e as classificações para as quartas de final do Brasil e para as oitavas de final da Copa Sul-Americana credenciaram o jovem comandante, de 37 anos, ao cargo.

Coincidência ou não, Rodrigo Santana é efetivado na parada para a Copa América, assim como aconteceu com Thiago Larghi, durante a pausa da Copa do Mundo do ano passado. Na oportunidade, Larghi, então auxiliar, foi informado que, ao assumir o time, tratava-se de seria um caminho sem volta, ou seja, ele não voltaria a ser membro da comissão técnica, como acabou acontecendo (foi demitido em outro).

Mesmo que não tenha a audácia de afirmar que, agora, com Rodrigo Santana, a história será diferente, o diretor de futebol Rui Costa deposita toda a confiança no treinador efetivado. “O Atlético não pode abrir mão do Rodrigo, seja em que função for”, destacou.

Confirmado no cargo, Rodrigo Santana, que dirigia o time sub-20 até abril, terá um ajuste salarial. Os valores não foram confirmados pelo clube. Por causa do bom trabalho no Galo, Santana chegou a receber sondagens de equipes do mundo árabe e até do futebol brasileiro, segundo apurou o Super FC.

Sem entrar nos méritos do que se passou no ano passado – afinal, não estava no cargo, Alexandre Gallo era o diretor de futebol –, Rui Costa demonstrou nas entrelinhas que era importante efetivar Santana neste momento, até para blindá-lo.

“Tenho que ser coerente. O Rodrigo é um profissional importantíssimo para qualquer clube, principalmente para o nosso. Minha preocupação foi transformá-lo num treinador principal e depois perdê-lo. E não é que vamos demití-lo. Pode vir um clube que pague R$ 500 mil com ele e o leve embora. Não é depreciar o profissional. É mostrar que ele continua evoluindo na função e que, daqui a pouco, num mercado que está restrito, nós viemos a perdê-lo. Dizer que o Rodrigo é eterno, eu não posso falar, não sou, ninguém é maior que a instituição”, ponderou.

Santana, por sua vez, festeja o bom trabalho com o novo contrato profissional. “O que muda é o título de interino para treinador. Desde o primeiro dia que subi, me deixaram à vontade, me deixaram supertranquilo. Vai permanecer o mesmo Rodrigo. Feliz pela confiança. Agradeço a comissão técnica e os jogadores. Sou muito grato à torcida que pediu em rede social, na rua”, ressaltou.

O discurso da diretoria é que o prestígio de Santana não vai mudar por meros contratempos. “O Rodrigo reúne condições para estar muitos anos, não tenho dúvida, mas somos avaliados por resultados. Qualquer resultado vai afetar a credibilidade que temos nele? Não, isso eu posso te garantir”, destacou.

 

 

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