Denúncia a caminho

Súmula do clássico relata objetos atirados no gramado; Galo pode ser punido

Árbitro da partida afirmou que nenhum dos torcedores foram identificados, o que pode pesar contra o clube alvinegro

Por Thiago Nogueira e Daniel Ottoni
Publicado em 19 de julho de 2019 | 13:40
 
 
Jogo foi tenso e deu muito trabalho para a arbitragem paulista; equipe recolheu copos Uarlen Valério

Com as informações da súmula do clássico da última quarta-feira, pela Copa do Brasil, a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode denunciar o Atlético pelos objetos atirados no gramado do Independência, fato que implica em perda de mando de campo. Nesta sexta-feira, dois dias depois do jogo, o relato da arbitragem foi disponibilizada no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Em um jogo muito movimentado e que deu trabalho para os membros da arbitragem (foram duas expulsões e nove cartões amarelos), o juiz Flávio Rodrigues de Souza relatou o arremesso de copos plásticos com líquido não identificado, isqueiros, canetas e escovas de dentes no gramado do Independência aos 13, 21 e 43 minutos. Segundo o árbitro, todos os objetos foram atirados pela torcida do Atlético e os responsáveis não foram identificados.

O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê sanções a clubes que deixam de tomar providências para prevenir o lançamento de objetos no campo. A pena vai de multa, entre R$ 100 e R$ 100 mil, e a perda de mando de campo, de uma a dez partidas. A identificação e detenção dos autores da desordem, se comprovada com a apresentação de boletim de ocorrência policial, pode eximir o clube de responsabilidade sobre os fatos.

O departamento jurídico do Atlético informou que todas a medidas foram tomadas para manter a ordem e identificar os responsáveis. Por meio da assessoria de imprensa, o clube informou que houve a identificação de responsáveis, não precisando a quantidade de torcedores. 

Sobre as expulsões, Flavio Rodrigues de Souza relatou que o jogador David foi "expulso por, após ser empurrado com a cabeça de seu adversário em seu rosto, revidar essa agressão empurrando o rosto deste seu adversário de número 44, sr. Alerrandro Barra Mansa Realino com o uso das mãos".

O mesmo texto foi usado para justificar a punição do atleticano. "Expulso por empurrar com a cabeça o rosto de seu adversário de número 11, sr. David Correia da Fonseca, com a bola fora de jogo, gerando uma reação de seu adversário".