O Atlético conseguiu identificar o torcedor que atirou copos plásticos e uma embalagem de pipoca no gramado do Independência, no clássico do último domingo, contra o Cruzeiro, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. A identificação do infrator, que foi retirado do setor por seguranças, atenua possíveis punições ao clube. O nome do torcedor foi registrado na súmula da partida pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden, conforme consta em boletim de ocorrência policial lavrado na hora.

No clássico da Copa do Brasil, no último dia 17 de julho, também no Horto, torcedores do Atlético já tinham atirado objetos no campo. Copos, isqueiro e até uma escova de dente foram citados pelo árbitro Flavio Rodrigues de Souza.

Na partida contra o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 21 de julho, a árbitra Edina Alves Batista também colocou na súmula que um chinelo de dedo foi jogado no campo, vindo da torcida do Atlético. Ela constou que o autor foi identificado, citado no boletim de ocorrência, informando ainda que houve tumulto generalizado no local de onde partiu o objeto.

O Atlético tem realizado campanhas tanto no estádio quanto nas redes sociais para que sua torcida não atire objetos no gramado. Os pedidos, no entanto, não têm surtido efeito. A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ainda não formalizou denúncia contra o Galo pelos últimos incidentes, mas é possível que isso aconteça nos próximos dias

O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê sanções a clubes que deixam de tomar providências para prevenir o lançamento de objetos no campo. A pena vai de multa, entre R$ 100 e R$ 100 mil, e a perda de mando de campo, de uma a dez partidas. A identificação e detenção dos autores da desordem, se comprovada com a apresentação de boletim de ocorrência policial, pode eximir o clube de responsabilidade sobre os fatos.