Uma única chapa?

Chapas derrotadas para o Conselho do Cruzeiro se unem e descartam contestação

Giovanni Baroni, Paulo Sifuentes e Luiz Carlos Rodrigues vão se reunir nos próximos dias, e encontro pode dar base a uma chapa em outubro

Por Da redação
Publicado em 22 de maio de 2020 | 17:10
 
 
Luiz Carlos, Paulo Sifuentes e Giovanni Baroni perderam a disputa para Paulo Pedrosa Divulgação/Cruzeiro (montagem O Tempo)

A eleição para a mesa diretora do Conselho Deliberativo do Cruzeiro teve como vencedor Paulo César Pedrosa. Mesmo atrás nas quatro primeiras urnas, ele conseguiu uma reviravolta na quinta e última, em que estavam os votos dos conselheiros reintegrados pela justiça após exclusão do clube. Nenhuma das três chapas pensa em judicializar a eleição, como trazido pelo SuperFC nessa quinta (21), com as palavras dos três candidatos derrotados.

Apesar disso, Giovanni Baroni, Paulo Sifuentes e Luiz Carlos Rodrigues já se organizam para fazer um só grupo, com chance de participar das eleições de outubro. Elas vão definir os representantes dos próximo triênio. 

"Quero agradecer ao Paulo e ao Luiz Carlos. Percebemos que juntos somos mais fortes no Cruzeiro porque temos 2/3 dos eleitores conosco. Marcamos uma reunião das três chapas para semana que vem, vamos criar um grupo forte, um Cruzeiro forte. Quem sabe dessa reunião vem a chapa para outubro", colocou Baroni em sua conta do Twitter.

Pedrosa teve 112 votos, enquanto Baroni somou 102. Paulo Sifuentes veio logo atrás, com 99 votos, tendo Luiz Carlos um total de 35 votos. Juntos, os três candidatos derrotados tiveram mais votos que o eleito Pedrosa. Sobre contestar as eleições, eles descartaram.

"Juntos, temos 280 votos, contra 120 da chapa que venceu, e que venceu com votos que não deveriam ter sido computados. Mas não faremos nada contra isso, porque isso pode respingar no Cruzeiro. O Serginho [presidente Sérgio Santos Rodrigues] precisa ter paz. O Cruzeiro precisa ter paz, precisamos ajudá-lo", completou Baroni.

 

UM RECADO AO TORCEDOR DO CRUZEIRO: pic.twitter.com/bB2Pamyr8I

— Giovanni Baroni (@giovannimbaroni) May 22, 2020

Os "votos que não deveriam ter sido computados", como citado por Giovanni, referem-se aos votos dos conselheiros excluídos em abril, porque eram remunerados na gestão de Wagner Pires de Sá, o que proíbe o estatuto. Ao todo, 29 dos 30 expulsos conseguiram liminar na justiça para votar. Uma contestação não teria respaldo neste momento, como explicou Gilvan de Pinho Tavares, presidente da comissão eleitoral.

"Antes mesmo da eleição, nós chamamos os membros das chapas e assinamos um aditivo ao termo de conduta, explicando para eles que chegou pro presidente da comissão um mandado judicial do Tribunal de Justiça mandando reintegrar todos os conselheiros que conseguiram na justiça. Nesse mesmo processo, veio uma decisão do mesmo desembargador negando o recurso do Cruzeiro. Não tinha como a gente deixar de obedecer a decisão da justiça", disse nessa quinta ao SuperFC.