Palavra do presidente

Com empréstimo travado, Cruzeiro amplia lista de grupos para fechar negócio

Wagner Pires destacou que proposta inicial tinha como objetivo mostrar aos conselheiros necessidade que o clube possui de contrair tal operação financeira

Josias Pereira| @superfcoficial
10/05/19 - 17h39

Em conversa com a reportagem do SUPER FC na tarde desta sexta-feira, o presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, foi questionado sobre o andamento do milionário pedido de empréstimo, que inclusive foi aprovado de forma quase que total pelo Conselho Deliberativo, orçado em R$ 300 milhões. O dirigente, no entanto, destacou que a proposta passada aos conselheiros – vinda de um fundo internacional que não teve seu nome revelado por cláusula de confidencialidade – não era a única e definitiva. O que chama atenção é que Itair havia revelado em entrevista recente que o clube possuía um plano B em caso de não fechamento do acordo. Porém, segundo Wagner, o Cruzeiro vem negociando não com apenas duas, mas vários grupos financeiros.  

“Nós estamos conversando com vários grupos internacionais e temos que analisar as melhores condições para poder fazer esta operação. Por liberalidade da direção executiva, nós demonstramos ao conselho, nem precisaríamos fazer esse trâmite, mas queríamos passar para eles que esse é um problema (financeiro) nosso e geral do futebol brasileiro. Demos um valor aos conselheiros, mas não é uma primeira proposta. Pedimos uma concordância do conselho para que pudéssemos negociar com um grupo financeiro internacional, de forma que nós pudéssemos quitar essas dívidas”, salientou o dirigente à reportagem.

Mais uma vez questionado pela reportagem sobre a proposta de empréstimo do fundo internacional citado no início das tratativas, Wagner ressaltou. “Estamos negociando com vários grupos”, pontuou. 

A proposta do fundo estrangeiro não revelado rezava um empréstimo de R$ 300 milhões, com um ano e meio de carência, juros passando de 1.6% para 0.86% ao mês, e o pagamento em sete parcelas semestrais, como foi informado à época por José Dalai Rocha, vice-presidente do Conselho. A operação tem como objetivo quitar dívidas do clube na Fifa e outras pendências financeiras urgentes. Não há uma previsão para que o empréstimo saia. 

A preocupação pelo fechamento do negócio se dá por conta da necessidade das parcelas semestrais que o clube planeja pagar não ultrapassem um possível segundo mandato de Wagner Pires, que pleiteia a reeleição. O ano de 2020 será o último de Wagner Pires em seu primeiro triênio à frrente do clube. 

(Atualizado às 20h18) 

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