A equipe de comentaristas do SUPER.FC e da rádio Super 91,7 FM não perdeu um só lance do primeiro confronto entre Cruzeiro e River Plate pelas oitavas de final da Libertadores. Frederico Jota, Leandro Cabido e Lélio Gustavo foram unânimes em afirmar que o Cruzeiro poderia ter saído com um resultado melhor de Buenos Aires se tivesse sido eficiente nos contra-ataques que o técnico Mano Menezes planejou para a partida no Monumental de Núñez. Não viram também nenhuma surpresa na forma defensiva como o time celeste se postou em campo.

Os comentaristas analisaram também os números do jogo pelo Footstats. Destaques para a superioridade do River na posse de bola e nos quesitos ofensivos e para o melhor desempenho defensivo do Cruzeiro.

O River teve 60,5% de posse de bola contra 39,5% do time cruzeirense. Os argentinos finalizaram certo seis vezes, e o Cruzeiro não concluiu com direção ao gol nenhuma vez. Foram sete cruzamentos certos do River e nenhum do Cruzeiro.

Por sua vez, a Raposa desarmou o adversário 18 vezes e foi desarmada em 14 lances. E ainda foram 40 rebatidas de bolas do lado celeste contra 22 dos hermanos. Confira abaixo as análises do confronto.

 

FREDERICO JOTA

Bem ao seu estilo, o Cruzeiro deu a bola para o River Plate no primeiro tempo, e o time argentino aproveitou para avançar a marcação, colocar a bola no chão e pressionar. Acuado, a equipe celeste sofreu para conseguir sair jogando e abusou dos erros de passe. Com Cabral em campo, a transição do meio para o ataque melhorou, e espaços começaram a ser encontrados, até mesmo pelo fato de o River Plate ter se cansado e gasto sua energia na etapa inicial. Faltou ao time do Cruzeiro encaixar o contra-ataque para sair com um resultado melhor de Buenos Aires. 

 

LEANDRO CABIDO

Cruzeiro e River Plate proporcionaram um duelo tático interessante entre Mano Menezes e Marcelo Gallardo. O primeiro, adepto da pressão baixa, viu a etapa inicial basicamente com a bola no pé do rival. Já o técnico argentino, que prefere a marcação na saída de bola do adversário, montou uma equipe bem mais inspirada em campo. O que garantiu o empate para a Raposa foi a defesa muito sólida, com o zagueiro Dedé bastante inspirado. No segundo tempo, os celestes se encontraram no contra-ataque, mas acabaram pecando no último passe.

 

LÉLIO GUSTAVO

O Cruzeiro cumpriu seu primeiro objetivo que era voltar para Belo Horizonte vivo na disputa. Fez um primeiro tempo muito ruim, praticamente não conseguia passar do meio de campo. O River abafou desde o início. No segundo tempo, fortalecendo a defesa, o Cruzeiro conseguiu levar algum perigo, teve chances de contra-atacar, mas não conseguia finalizar bem. Até que no finalzinho Fábio teve que fazer uma grande defesa e ainda assistir o Suarez cobrar um pênalti por cima da sua meta. Na terça, Mineirão lotado, e o torcedor empurrando o time à classificação.