A pré-temporada é cansativa, puxada, desgastante. Tudo para que 2019 seja ainda mais produtivo e de conquistas, assim como nas duas últimas temporadas. O Cruzeiro vem trabalhando bem a questão física, sob a supervisão do preparador Eduardo Santos, em conjunto com o departamento médico e de fisiologia. O ano passado, apesar das lesões que sempre batem à porta de qualquer time, mostrou um Cruzeiro de muito vigor físico.
A avaliação inicial ainda é precoce, como explica o doutor Sérgio Campolina ao SUPER FC. “Ainda acontecerão mudanças no elenco, jogador pode sair, pode chegar, mas o que podemos ver nesse início de temporada é que todos, apesar de um decréscimo físico em relação ao ano passado, apresentam resultados homogêneos. Ou seja, o parâmetro está bem igual, e isso é bom porque a recuperação de todos deverá atingir o mesmo nível. Sempre tem um ou outro atleta com necessidades especiais, mas estão todos bem equilibrados”, analisa.
Mas é claro que um time sempre tem seus superatletas. No Cruzeiro, alguns chamam atenção. Campolina explica. “Podemos citar o Léo, o Ariel Cabral e o Romero”, exemplifica o médico celeste. “Jogadores com uma forma física privilegiada”, ressalta.
E nesse grupo encaixa-se uma espécie de surpresa. “O Fred também incorpora esse grupo de atletas, ainda mais se pensarmos que ele viveu uma temporada complicada. O Fred está muito bem fisicamente e vem surpreendendo nesse início de ano em todas as atividades propostas para ele”, salienta o médico celeste.
A análise das caras novas do elenco também tem seu superatleta. Conhecido pela regularidade apresentada no ano passado, quando atuou em 59 partidas com a camisa do Fluminense, Jadson chegou à Toca muito bem fisicamente. “É um jogador que nos surpreendeu e chegou aqui com ótimos índices. Muito focado, que se cuida. Pelo que vem mostrando, tem tudo para fazer um ótimo ano”, avalia Campolina.
Em observação. Sair de um estado até mesmo de inatividade, como foi o caso do lateral-direito Orejuela, e de um clube com outros trabalhos físicos, como é o caso de Renato Kayzer, ex-Atlético-GO, exige muito do atleta. As dificuldades, nesse momento, se concentram mais nestes nomes.
“O Kayzer está sentindo um pouco por conta dessa mudança de ritmo. Mas ele vem se preparando, fazendo um trabalho mais individualizado, e deve, em pouco tempo, já se ambientar. No caso do Orejuela é mais complicado porque não temos ainda nenhum parâmetro, nem mesmo do Ajax. Então ele vai demandar um pouco mais de tempo”, comentou Campolina.
Quanto aos atletas que pertencem ao elenco, o médico celeste exaltou as boas amostragens de David. “Ele voltou para 2019 muito bem. Sempre esteve acompanhado pelo Dudu durante a pré-temporada. Ele está muito bem fisicamente, até mais fino. Vem treinando muito bem. Pode ser o ano dele”, sacramentou o médico cruzeirense.