Histórico favorável

Cruzeiro de branco? Benecy garante que não é superstição

Dirigente do clube há quase 50 anos se apega a 'sorte' que o uniforme II historicamente traz ao time celeste

Thiago Nogueira e Wallace Graciano| @SuperFCoficial
07/10/19 - 07h10

Diferentemente das três partidas anteriores na temporada em que enfrentou o Internacional com a tradicional camisa 1 azul, no último sábado, o Cruzeiro optou pelo uniforme branco ao encarar novamente o time gaúcho pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Seria alguma superstição para afastar a má fase? A Raposa tem apenas 20 pontos na competição nacional, briga contra o rebaixamento e ficou no empate em 1 a 1 dessa vez, no Mineirão.

Com quase 50 anos de serviços prestados ao Cruzeiro, o supervisor administrativo Benecy Queiroz é quem costuma palpitar sobre a cor da camisa em jogos do time como mandante. Perguntando se a mudança do uniforme seria algo para afastar alguma má sorte, ele rebateu. "Não, não tem nada de superstição. A escolha da branca foi para não confundir (as camisas das equipes), deixar mais claro", alegou.

Em dois dos três jogos anteriores entre Cruzeiro e Inter, ambos em Porto Alegre, a equipe mineira usou camisa e calção azuis, enquanto os gaúchos utilizaram a tradicional combinação de camisa vermelha e short branco. Já no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, no Mineirão, o Cruzeiro foi de camisa azul e short branco, com o Inter todo de vermelho.

No passado, o Cruzeiro coleciona episódios em que optou pelo uniforme branco em momentos de dificuldade. Em 2011, na reta final do Brasileiro, quando lutou contra o rebaixamento, a Raposa preferiu o branco - incluindo o 6 a 1 contra o Atlético -, escapando da degola. Em 1987, na Copa União (como era chamado o Campeonato Brasileiro da época), a equipe celeste disputou o segundo turno de branco depois de terminar o primeiro nas últimas colocações. Deu certo, e o time se classificou para as semifinais.

Em 1998, a equipe também usou branco na arrancada até a fase mata-mata do Campeonato Brasileiro. Outro jogo simbólico, o segundo jogo da final da Copa do Brasil de 2014, no Mineirão, o Cruzeiro também vestiu branco na decisão contra o rival, após perder o primeiro duelo por 2 a 0. Na ocasião, a "mandinga" não surtiu efeito, já que o alvinegro venceu por 1 a 0 e ficou com a taça.

Para o restante do Brasileiro deste ano, Benecy disse ao Super.FC que o time não vai ficar jogando só de branco, mas irá definir, jogo a jogo, de acordo com o uniforme do adversário, qual cor irá optar. 

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