Uma ausência da equipe brasileira de ginástica rítmica, que está em Portugal participando da Missão Europa, foi menos sentida, graças à tecnologia. A capixaba Déborah Medrado, de 18 anos, não pôde participar da viagem para se recuperar de cirurgia no segundo metatarso dos pés esquerdo e direito. As companheiras de equipe deram um jeito para que ela estivesse presente, de alguma forma, nos treinamentos, que servem de preparação para mantê-las ativas após longa pausa por causa da pandemia do coronavírus.
Elas aproveitaram os treinos virtuais que estavam acontecendo durante a quarentena para manter a prática, agora com boa parte delas em Portugal. “Desde quando iniciamos a quarentena, nossos treinos eram virtuais. Infelizmente, a Déborah não veio mas, para ela continuar com a gente, a colocamos no computador para fazer o mesmo treino”, explica Beatriz Linhares.
Ela, assim como Déborah, conquistou um ouro (3 arcos e 2 maças) e dois bronzes (Geral e 5 bolas) no Pan de Lima, em 2019. “Nós estamos aqui, todas juntos novamente, e ela deve ficar um pouco sentida. Não queremos que ela desanime e estamos tentando ao máximo, mesmo de longe, trazê-la para perto”, completa Bia. A equipe está em sua quinta semana de trabalhos em Sangalhos e o período para os treinos na Europa é de dois meses, antes da retomada pela busca da vaga olímpica.
“Tivemos algumas dores musculares, o que é normal, mas o retorno não está sendo tão difícil pelo fato de estarmos muito empolgadas. Foi só uma pausa, agora voltamos aos treinos e estamos focando no nosso objetivo, que é lutar pela vaga olímpica”, diz Duda Arakaki, 16 anos, que disputou os Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018.