Promessas do nosso futebol

Assis, Adaílton, Adryan... Confira promessas da base do Brasil que não vingaram

São vários os casos de jogadores que despontaram como craques na seleção sub 20 mas que depois não tiveram o mesmo sucesso no profissional; confira

Por Frederico Teixeira
Publicado em 15 de fevereiro de 2024 | 08:28
 
 

Na história recente da participação da seleção brasileira nos campeonatos  sub 20 não são poucos os casos de jogadores que despontaram como futuros craques, mas não conseguiram ter o mesmo brilho depois como profisionais. O Tempo Sports relembra alguns deles. Confira:

1988 - Assis (meia)
Hoje reconhecido mais por ser o empresário e irmão mais velho de Ronaldinho Gaúcho, Assis despontou como grande nome da equipe brasileira que foi campeã sul-americana em 88 e terceira colocada no Mundial sub-20 de 1999. Depois, não conseguiu atuar em bom nível em grandes equipes. Passou por Sion (SUI), Sporting (POR) e também esteve no futebol japonês e mexicano antes de encerrar carreira no Montepellier, da França, após passagem apagada pelo Corinthians

1992 - Adriano (meia)
Revelado pelo Guarani, o habilidoso meia canhoto foi um dos responsáveis por conduzir o Brasil ao título sul-americano de 1992 e ao título mundial sub-20 em 1993, sendo inclusive eleito o Bola de Ouro da competição. Entretanto, depois, como profissional, nunca repetiu o mesmo sucesso. Na Europa, esteve em equipes de menor porte na Suíça e Polônia. No Brasil, perambulou por várias equipes, as maiores sendo Botafogo, São Paulo e Atlético, mas também sem muito brilho.

1997 - Adaílton (atacante)
Revelado pelo Juventude, o atacante brilhou com a camisa da seleção nas competições sub-20: foi vice-campeão sul-americano em 1997, sendo o artilheiro da competição, com oito gols, e artilheiro do Mundial sub-20 do mesmo ano, mesmo com o Brasil tendo sido eliminado ainda nas quartas de final. Depois, teve passagens por equipes como Parma, Genoa e Bologna (Itália) e Paris Saint-Germain (FRA), mas não com o mesmo faro de gol.

2003 - Daniel Carvalho (meia)
Revelado no Internacional, Daniel Carvalho teve um início de carreira excepcional. Se destacou no sul-americano, quando o Brasil foi vice-campeão. No Mundial sub-20, marcou três gols e foi eleito para a seleção da competição. Chegou a ser convocado para a seleção principal, na primeira fase da 'Era Dunga', mas não se firmou. Ao menos conseguiu se destacar no CSKA (Rússia) e rodou por equipes tradicionais do futebol brasileiro, como Atlético, Palmeiras e Botafogo.

2007 - Luiz Adriano (atacante)
Mais um jogador revelado pela base do Internacional, Luiz Adriano foi campeão sul-americano sub 20 em 1997, se destacando como um atacante de habilidade e explosão. Chegou a ser convocado para a seleção principal em 2014, mas não teve sequência (foram apenas quatro partidas). A seu favor, tem o fato de ter construído sólida carreira pelo Shakthar Donetsk (UCR). Também passou por Milan (ITA) e Spartak Moscou (RUS). No Brasil, ainda defendeu o Palmeiras.  

2009 - Dentinho (atacante)
Campeão sul-americano sub 20 em 2009, Dentinho, revelado pelo Corinthians, foi outra promessa de craque que acabou não se firmando nos profissionais. A boa passagem pelo time principal do Corinthians o rendeu uma transferência para o Shakthar Donetsk, onde fez longa carreira, mas seu início parecia lhe reservar algo maior. Após passagem sem sucesso pela Turquia, atualmente está no Ceará.

2011 - Willian José (atacante)
Campeão sul-americano e mundial sub-20 em 2011, formando um ataque mortal ao lado de ninguém menos do que Neymar, Willian José, que começou a carreira no CRB, começou a se destacar nos profissionais com a camisa do São Paulo. Também passou por Grêmio e Santos antes de ser contratado pelo Real Madrid. Mas o que parecia a afirmação, se transformou em decepção: fez apenas uma partida pela equipe principal. Depois, rodou por diversas outras equipes espanholas (Zaragoza, Las Palmas, Real Sociedad, Betis) e também defendeu o Wolverhampton, da Inglaterra.

2013 - Adryan (meia)
Revelado pelo Flamengo, o habilidoso meia foi campeão sul-americano sub-17 e um dos destaques do Mundial da categoria em 2011, mesmo com o Brasil tendo terminado a competição em quarto lugar. Logo recebeu a alcunha de 'o novo Zico', algo que só o prejudicou na sequência da carreira. Na sub-20, ainda teve lampejos de genialidade, mas ficou nisso. Após várias tentativas frustradas de emplacar no Flamengo, passou sem sucesso por Cagliari (ITA) e Leeds (ING). Só conseguiu ter uma sequência um pouco maior pelo Nantes (FRA) e Sion (SUI). Também passou pelo futebol turco e hoje defende o Brescia, da Itália.