O rei Pelé está internado desde o último dia 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a um câncer no cólon (intestino). Edson Arantes do Nascimento, de 82 anos, não responde mais à quimioterapia e está recebendo tratamento paliativo — técnicas usadas para aliviar a falta de ar, dores, entre outros.

Ele foi levado até o centro de saúde após apresentar um inchaço generalizado. O diagnóstico ocorreu em setembro de 2021, no entanto, a doença evoluiu para metástase (quando o câncer se "espalha") para o fígado, intestino e pulmão, conforme divulgado em janeiro de 2022.

Na última quarta-feira (21), o centro de saúde informou que houve piora no quadro de saúde de Pelé. Na data da última internação, há quase um mês, conforme boletim médico do Albert Einstein, o tratamento quimioterápico seria reavaliado. O hospital informou ainda que o ex-jogador estava "com pleno controle das funções vitais e condição clínica estável". 

Infecção respiratória

Anteriormente, no dia 2 de novembro, o hospital havia informado que Pelé estava com uma infecção respiratória. O ex-jogador foi tratado com antibióticos.

Suporte da família

Na noite dessa sexta-feira (23), uma das filhas de Pelé, Kely Nascimento publicou no Instagram uma foto abraçada ao pai, Pelé. Na legenda, Kely escreveu: "Seguimos aqui, na luta e na fé. Mais uma noite juntos".

A família acompanha Pelé no hospital, onde foi internado para tratar um câncer no cólon. Kely, de 55 anos, que vive nos Estados Unidos, chegou ao Brasil dia 12 de dezembro para acompanhar o pai. Nesta semana, ela informou, em suas redes sociais, que o pai terá a companhia da família no Natal. Na foto, ela aparece com a irmã, Flávia.

O filho, Edinho, técnico do Londrina também se manifestou. Em uma entrevista coletiva na quinta-feira (22), lamentou o fato de não estar acompanhando o pai no hospital. "Eu gostaria de alguma maneira estar presente, mas estou comprometido na minha missão aqui também. Eu não sou médico, não ia poder ajudar muito de fato. Quanto mais sucesso eu conseguir aqui, na minha trajetória, isso leva alegria para ele lá também. Estou em paz com isso. Mas, sempre com o pensamento lá. Às vezes me desligo um pouco e vou para um canto refletir, orar. É uma questão natural, mas muito difícil, que todos passam eventualmente".

A doença de Pelé

O diagnóstico de câncer de cólon é estabelecido pelo exame histopatológico de espécime tumoral obtido por meio da colonoscopia ou do exame de peça cirúrgica. A colonoscopia é o método preferencial de diagnóstico, por permitir o exame de todo o intestino grosso e a remoção ou biópsia de pólipos que possam estar localizados fora da área de ressecção da lesão principal.
 
O câncer de intestino está fortemente associado a hábitos de alimentação, nutrição e atividade física. Estar acima do peso ou ser obeso aumenta o risco de desenvolver câncer colorretal, com evidente relação dose-resposta. Manter a gordura corporal em níveis adequados reduz as chances de desenvolver esse tipo de câncer. Saiba os fatores de risco:
  • O consumo de carnes processadas (presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru) e o de carne vermelha em excesso está fortemente associado ao aumento do risco de desenvolvimento de câncer intestinal.  
  • Fortes evidências associam o consumo de bebidas alcoólicas ao aumento do risco para câncer de intestino quando a quantidade ingerida é superior a 30 gramas de etanol por dia (cerca de duas doses de bebida alcoólica). 
  • O tabagismo também é fator de risco para o desenvolvimento de câncer de intestino.

Com Agências