Com a popularização e mais acesso à internet, ficou mais fácil de marcar encontros, por exemplo, sejam eles para o bem ou para o mal. É o que tem se tornado comum nos últimos tempos quando o assunto são encontros entre torcidas organizadas – no último grande caso envolvendo atleticanos e cruzeirenses, uma pessoa morreu. Pensando nisso, a segurança pública têm se atentado mais a esse problema.

Como parte da operação que envolve a final do Campeonato Mineiro, neste sábado (2), entre Galo e Raposa, a Polícia Militar tem uma equipe que busca evitar esse tipo de confronto que é marcado, muitas vezes, online. "Hoje você tem o advento da internet, onde as pessoas se comunicam rapidamente, então, a inteligência precisa fazer as adaptações minuto a minuto", explicou o tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da instituição.

De acordo com o militar, a cada ano, é preciso ter mais atenção a esse "submundo". "O poder que as redes sociais deram, além da deep web, faz com que essas pessoas se movimentem mais, coisa que há 10 ou 20 anos não ocorria. Esse é um aspecto que faz com que a polícia empreenda mais gente, sobretudo na área de inteligência. Também vamos monitorar no dia do jogo áreas críticas longe do Mineirão, de onde os torcedores saem, como Vilarinho, Contagem e Betim", comentou.

Questionado pela reportagem, Santiago afirmou que a polícia ainda não identificou alguma possível confusão neste fim de semana. "Estamos monitorando e acompanhando. Existe muita volatilidade nas redes sociais hoje. Há muita coisa que não é conclusa na verificação do agente de inteligência. Mas temos equipes que estão monitorando para que a Polícia Militar possa ocupar esses espaços antes mesmo de qualquer movimentação. Nossa missão é prevenir qualquer dano à vida", concluiu.

Reunião

No meio desta semana, a PMMG se reuniu com líderes das principais torcidas organizadas de Atlético e Cruzeiro numa tentativa de selarem a paz e evitarem qualquer tipo de conflito. Na ocasião, um homem procurado pela polícia foi preso.

Galoucura e Máfia Azul estão banidas dos estádios por um ano justamente por causa da violência. Porém, o órgão frisa que os torcedores não estão suspensos, ou seja, eles podem ir aos jogos normalmente, mas descaracterizados.

Investigações

Sobre o caso envolvendo a morte de um membro de torcida organizada do Cruzeiro, baleado em uma briga no bairro Boa Vista, região Leste da capital, o Ministério Público de Minas Gerais informou nesta sexta-feira (1) que parte das medidas cautelares já foram tomadas.

Além disso, o órgão comunicou que as investigações estão em sua fase final, e mais informações serão repassadas em breve. O fato aconteceu no dia 6 de março.

O #MPMG comunica também que as investigações estão próximas de um encerramento, e, tão logo isso ocorra, o Ministério Público e a Polícia Civil prestarão todas informações sobre como os fatos ocorreram e quem os praticou.

— MPMG (@MPMG_Oficial) April 1, 2022