O Campeonato Mineiro começa no próximo dia 21 de janeiro e as equipes de manutenção dos estádios realizam últimos ajustes antes de receberem os jogos. A equipe de O Tempo Sports conversou com os responsáveis dos palcos do Estadual para detalhar a situação de cada campo.
Sobre os estádios de Belo Horizonte, que serão utilizados por América, Atlético e Cruzeiro, o Mineirão, por meio da assessoria da Minas Arena, informou que, entre os dias 19 de dezembro e 18 de janeiro, o gramado passa pelo processo de revitalização, onde a grama é cortada bem curta para o fortalecimento das raízes. A concessionária ainda detalhou que a equipe de manutenção aproveita o período sem jogos para recuperar as partes mais desgastadas.
No Independência, o Diretor de Marketing e Negócios do América, Marcone Barbosa, explicou que pequenas reformas nos vestiários, setor de arquibancada e camarotes foram realizados. Sobre o gramado, além dos procedimentos padrão, o dirigente citou que foi necessário ajustes no sistema de irrigação do campo. Segundo ele, uma parte do gramado recebe muita sombra e o volume de água precisou ser reduzido.
"Um dos objetivos do clube nessa temporada é ter um gramado de excelência. Essa é uma exigência do nosso departamento de futebol, principalmente, na figura do Marcus Salum (presidente da SAF do América)", comentou Barbosa.
Em São João del Rei, o diretor executivo do Athletic, Marcelo Leal, afirmou que o estádio Joaquim Portugal está em perfeitas condições e os reparos para melhorias são realizados desde o ano passado. "Estamos trabalhando desde agosto do ano passado, preparando o nosso estádio, a nossa estrutura, principalmente, o palco, que é o gramado, que precisa estar impecável", salientou o dirigente.
De volta ao Módulo I do Mineiro, o Democrata-SL faz esforço para contar com a capacidade total da Arena do Jacaré. Em contato com a reportagem, Daniel Calazans, diretor geral do time de Sete Lagoas, relatou que o clube conseguiu liberar cerca de 300 cadeiras de um bloco que estava interditado, por conta de rachaduras na estrutura.
Daniel também destacou que uma outra parte, com capacidade semelhante, segue fechada, pois ainda não foi possível arrecadar verba para reforma. Outros reparos foram realizados, como nos banheiros e nas bilheterias danificadas, após atos de vandalismo. Em relação ao gramado, Calazans respondeu que "são realizadas manutenções desde o fim do Módulo II e ele está praticamente 100%".
A garantia de um gramado em bom estado, é o mesmo discurso de Paulo da Pinta, presidente do Pouso Alegre, que também comentou sobre um pedido das autoridades para reforçar a segurança nas arquibancadas do estádio Manduzão.
Pelas oitavas de final do Brasileiro da Série D, do ano passado, o Pouco Alegre recebeu o Paraná e venceu por 1 a 0. Com a classificação do Dragão, a torcida visitante invadiu a arquibancada dos torcedores locais, provocando uma confusão generalizada. A diretoria utilizou concertina entre os setores, para atender a demanda das autoridades de segurança.
Já o Tombense, deve disputar o Estadual no estádio Soares de Azevedo, em Muriaé. O presidente do Carcará, Lane Gaviole disse que as obras no estádio em Tombos ainda não foram finalizadas, portanto, assim como aconteceu na Série B de 2022, o time deve se deslocar por 60 km para mandar seus jogos.
Gramados com manutenção da FMF
Entre as novidades do Mineiro 2023, a Federação Mineira de Futebol (FMF) decidiu assumir a gestão daqueles gramados que não cumpriram os critérios do regulamento. É o caso do estádio Ronaldão, em Poços de Caldas, muito criticado no ano passado pelo Ronaldo, dono da SAF do Cruzeiro, quando a Raposa enfrentou a Caldense, pelo Estadual.
Para o supervisor de futebol da Veterana, Luís Antônio Sebastião, como o estádio é municipal e depende de verba da prefeitura, a interferência da FMF foi vista com bons olhos. "O estádio não é da Caldense, ele é municipal. Então, acaba que depende também da manutenção do município. Com a falta de recurso, o gramado pode não ter atendido aos critérios da Federação", ponderou o supervisor.
Outro estádio municipal com as quatro linhas sob a responsabilidade da FMF é o Castor Cifuentes, em Nova Lima. E justamente pela prefeitura ser dona do Alçapão do Bonfim, é que Cláudio Horta, vice-presidente do Villa Nova, questiona a decisão da Federação de repassar, posteriormente, os custos da manutenção aos clubes.
"Entendo a decisão da Federação de assumir a manutenção dos gramados que não cumprem com o padrão estipulado no regulamento. No entanto, acredito que esta decisão de repassar o custo aos clubes poderia ser revista, já que o estádio é do município", considerou Horta.
No caso do Democrata-GV, a interferência da FMF no estádio Mamudão, prejudicou os treinos da Pantera. Em contrapartida à gestão do gramado, a FMF interditou o campo até o dia 21 de janeiro. Sendo assim, a assessoria de imprensa do Democrata-GV informou que o clube foi realocado para Alpercata, cidade que fica cerca de 20 km de Governador Valadares.
Em Patrocínio, o estádio Pedro Alves do Nascimento é outro sob os cuidados da Federação. Já em relação ao Ipatingão, a FMF também informou que assumiu o campo, mas o secretário de esportes de Ipatinga, Maciel Pereira Rodrigues, contou que a interferência não foi necessária. Segundo ele, a mesma empresa que a FMF contrata para realizar a manutenção também faz os serviços no estádio e houve um acordo para a prefeitura assumir os reparos.
Ainda no Ipatingão, o secretário informou que investiu na troca de refletores e reforço da iluminação, tendo em vista que alguns jogos serão noturnos
OBS: Até o fechamento desta matéria, os jogos do Ipatinga seguem suspensos, por conta de liminar do STJD.