No primeiro tempo, o Atlético foi melhor. No segundo, o Cruzeiro dominou. No entanto, a ineficiência dos ataques fez o duelo terminar 0 a 0, neste domingo, no Mineirão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com objetivos distintos, a igualdade no marcador foi mais benéfica para a Raposa.

Com o foco na Libertadores e na Copa do Brasil, o time celeste foi formado por reservas e, por isso, o ponto conquistado deve ser valorizado. O empate fez a equipe de Mano Menezes, que está em sétimo, ser a que mais empata na Série A, ao lado da Chapecoense, com 10 cada. Já o alvinegro não conseguiu sua terceira vitória consecutiva, não encostou no quarto colocado Flamengo e ainda perdeu a quintaposição para o Grêmio.

O Cruzeiro volta todas as suas atenções para o Boca Júniors, na quarta-feira, no duelo de ida das quartas de final da Copa Libertadores da América. O Atlético terá a semana inteira para treinar e se preparar para outro clássico, desta vez contra o Flamengo, no Maracanã.

O JOGO. A partida começou truncada e com muitas faltas, a maioria cometidas pela Raposa que, apesar de ser mandante, adotou a tática do contra-ataque com sua equipe reserva. O Galo, com o foco total no Brasileiro, veio com força máxima e procurou propor o jogo. Passava a maior parte do tempo com a bola, mas tinha dificuldades de criar e esbarrava na forte marcação cruzeirense.

 

Com as estratégias definidas, o time celeste não conseguia ameaçar a meta rival. O alvinegro, por sua vez, era mais incisivo e quase saiu na frente, aos 16 min, na primeira chance de perigo do confronto. Chará cruzou pela esquerda e Luan, de cabeça, na pequena área, mergulhou. Rafael, no reflexo, fez uma grande defesa.

 

O Cruzeiro parece ter despertado após quase ter tido a meta vazada, adiantou suas linhas de marcação e passou a ficar mais tempo no campo ofensivo. As posturas, então, se inverteram. Os donos da casa tentavam propor o jogo e os visitantes explorar o contra-ataque rápido. Novamente, foi a tática atleticana que levou perigo. Em uma saída rápida, Cazares e Chará tabelaram. O equatoriano tentou tirar de Rafael, que fez outra boa defesa.

O Atlético voltou a ficar mais tempo com a bola, mas não conseguiu finalizar. A Raposa chegou a primeira vez com perigo aos 42 minutos. Raniel desviou de letra, Rafael Sóbis recebeu na entrada da área e chutou no meio do gol. Victor pegou em dois tempos. Primeiro terminou sem gols.

O segundo tempo começou mais aberto do que o primeiro, com as duas equipes buscando tirar o zero do marcador. Desta vez, o Cruzeiro foi o primeiro a assustar, aos quatro minutos. Marcelo Hermes mandou uma bomba, de fora da área, e Victor fez uma grande defesa. O Atlético respondeu quatro minutos depois. Cazares chutou de longe e a bola tirou tinta da trave do goleiro Rafael.

Parecia que o duelo ficaria emocionante e com muitas chances de gol. Só parecia. O embate voltou a ficar truncado, com muita marcação dos dois lados. Querendo ir pra cima, o técnico Thiago Larghi tirou Adilson e colocou Galdezani. Mano apostou na experiência, tirando o atacante David e colocando o meia Thiago Neves. Sassá, após três meses, entrou na vaga de Raniel.

As mexida celeste trouxe um efeito mais imediato. O time da casa estava mais organizado no meio e conseguia articular melhor as jogadas. Aos poucos, a Raposa ia pressionando o Galo, que não conseguia sair, errando muitos passes. Sassá, aos 31 min, assustou o arqueiro atleticano, mas a bola saiu pelo lado. Acuado, Larghi colocou Edinho na vaga de Luan, buscando dar mais velocidade ao time.

O Cruzeiro seguiu melhor e quase venceu. Aos 42 min, após bate-rebate na área, Murilo chutou de perna esquerda, na pequena área e Victor salvou com a mão esquerda, deixando tudo igual no último clássico de 2018.