Lá se vão exatos dois anos. A vitória do Atlético por 2 a 1 sobre o Cruzeiro no dia 7 de março de 2020, pela oitava rodada daquela edição do Campeonato Mineiro, foi o último clássico entre os rivais estaduais disputado com a presença de torcedores no estádio.
Logo em seguida, veio a pandemia, e, ano passado, Galo e Raposa se enfrentaram pelo Estadual com o Mineirão fechado. O risco de contaminação pela Covid-19 ainda está longe do ideal, mas, amanhã, a Massa Alvinegra e a China Azul estarão de volta ao Gigante da Pampulha.
Mandante do jogo, o Atlético terá a maioria de torcedores. Quarenta e oito mil dos 57.424 ingressos estavam praticamente esgotados na noite de ontem. Em menor número, os cruzeirenses formaram longas filas na manhã de ontem para tentar garantir um dos 5.241 bilhetes aos quais tinham direito. Até o início da noite, restavam pouco mais de 600 entradas.
Promessa de casa cheia para apoiar os times que vivem momentos bem opostos em suas histórias. Enquanto o Galo tenta repetir o sucesso da temporada passada, quando conquistou o Mineiro, o Brasileiro e a Copa do Brasil, o Cruzeiro, agora sob a gestão de Ronaldo Fenômeno, faz boa campanha no Mineiro e tenta provar para sua torcida, e ao novo mandatário, que tem tudo para sair da maior crise pela qual o clube azul e branco já passou.
Torcedor ilustre. O clássico terá a presença ilustre do ex-atacante Ronaldo, dono de 90% do Cruzeiro SAF. O ex-jogador fez questão de estar em Belo Horizonte para acompanhar bem de perto o compromisso mais importante do time depois que o acordo entre as duas partes foi firmado.
Dono de uma habilidade dentro de campo que poucas vezes o mundo da bola conheceu, Ronaldo também tenta fazer bonito fora das quatro linhas. Convidou dirigentes alvinegros para um almoço antes do jogão de amanhã e fez vários pedidos de paz entre as torcidas rivais. Que toda essa cordialidade se estenda também para as arquibancadas e arredores do Gigante da Pampulha.