Sem campeão

Depois de decisão ser adiada, Superliga masculina de vôlei chega ao fim

Competição seguiu mesmo caminho dos outros torneios de vôlei profissional do Brasil; decisão aconteceu em reunião por videoconferência realizada nesta segunda-feira

Por Daniel Ottoni
Publicado em 20 de abril de 2020 | 13:29
 
 
Agência I7

Seria improvável que a Superliga masculina de vôlei não seguisse o mesmo destino de boa parte das outras competições ao redor do mundo. Nesta segunda-feira, por meio de videoconferência entre todos os clubes participantes do maior torneio do país e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ficou definida a suspensão definitiva da competição, sem um novo campeão, em virtude do novo coronavírus. 

A decisão vem depois de 30 dias da última reunião, quando um período de quatro semanas foi sugerido pelo Sada Cruzeiro (e aceito pelos clubes) para que se esperasse um pouco mais antes do martelo ser batido sobre a situação definitiva. Antes isso, a CBV chegou a anunciar a paralisação por 15 dias, que aconteceu logo após a última rodada da fase de classificação ser adiada.

"O cenário no esporte brasileiro é preocupante neste momento de pandemia. Temos que continuar trabalhando juntos no sentido de continuidade da nossa modalidade. O melhor a ser feito agora é encerrar todas as atividades e cuidar da saúde dos nossos atletas e de todos os envolvidos na competição. Ficamos satisfeitos que a maioria tenha pesado desta forma", disse o superintendente de competições de quadra da CBV, Renato D'Avila.

Votaram pelo fim da competição os seguintes clubes: Vôlei Renata (SP), EMS Taubaté Funvic (SP), Pacaembu/Ribeirão Preto (SP), Vôlei UM Itapetininga (SP), Ponta Grossa Vôlei (PR), Denk Academy Maringá Vôlei (PR) e Sesc (RJ), além da Comissão de Atletas, representada pelo presidente Raphael Oliveira. Votaram pela continuidade Sada Cruzeiro (MG), Fiat/Minas (MG), América Vôlei (MG), Apan Blumenau (SC) e Sesi (SP). 

Com um cenário imprevisível de controle da pandemia do coronavírus a curto prazo, a Superliga seguiu o mesmo caminho do torneio feminino e dos dois formatos da Superliga B. Um dos campeonatos no Brasil que seguem em suspensão é o Novo Basquete Brasil (NBB), que decidiu não mais realizar a reta final da fase de classificação e ir direto para os play-offs, sem previsão de uma data para começar. 

Taubaté no Sul-Americano

Uma dúvida que poderia ficar é sobre quem seria o representante brasileiro no Sul-Americano de clubes de vôlei masculino. No feminino, que não teve campeão, a vaga foi dada para o Dentil Praia Clube, de Uberlândia, que terminou a fase de classificação na liderança. No masculino, a primeira posição era do EMS Taubaté Funvic (SP) e o time paulista recebeu a garantia de que estará na próxima edição do torneio continental. Existia a possibilidade de um torneio com os oito primeiros colocados acontecer, antes do início oficial da próxima temporada, para que fosse definido um campeão para representar o Brasil no torneio que dá vaga no Mundial de clubes.