Agora nas quadras

Fiat Minas conta com potência de cubano do vôlei de praia

Ponteiro Nivaldo Diaz busca recuperar tempo perdido longe do alto nível; jogador se destacou na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, quando ficou em quinto lugar no vôlei de praia

Por Daniel Ottoni
Publicado em 27 de setembro de 2019 | 08:00
 
 
Diaz está há em Belo Horizonte há cerca de 15 dias Orlando Bento

O Fiat Minas contará, pelo menos até o final do ano, com a qualidade cubana em seu elenco. O time do técnico Nery Tambeiro recebeu, nos últimos dias, o reforço do ponta Nivaldo Diaz. O clube, ainda sem a presença do caribenho, jogará o quinto circuito do Campeonato Mineiro nesta sexta e sábado, contra o América e os donos da casa do Lavras. Diaz chega para ser o terceiro estrangeiro do time, que já conta com os pontas argentinos Nico Lazo e Lucas Ocampo. Na Superliga, cada time pode colocar em quadra apenas dois estrangeiros por jogo. O jogador de 25 anos e 2,00m, até então, atuava somente no vôlei de praia e parte para sua terceira semana de treinamento no clube da Rua da Bahia. 

O Minas chegou para esta etapa na liderança, sendo o único invicto após quatro jogos. Mas, nesta quinta-feira, o América recuperou a ponta depois de vencer o Lavras por 3 a 2. O duelo contra o Coelho, nesta sexta, promete ser equilibrado em busca da primeira posição.

Pelo seu país, Diaz disputou a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, quando terminou na quinta posição. Na estreia, sua dupla ao lado de Sergio Gonzalez venceu a equipe brasileira formada por Pedro Solberg e Evandro. No currículo, Diaz tem a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN) em 2015 e agora chega com um grande desafio na carreira.

"Estava distante do alto nível há algum tempo. Esta oportunidade no Minas foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. Será uma grande oportunidade para me desenvolver, como jogador, na parte física, técnica e tática. Quero crescer constantemente e as expectativas são muito boas. Fui bem recebido por todos e já pude perceber que o Minas é um clube grande e organizado", conta o jogador, que precisará se adaptar a novas situações.

"Muita coisa muda da praia para a quadra, a começar pelo piso. Na quadra, não existe o vento e superfície permite que se corra melhor para atacar e saltar. Minha maior capacidade está no ataque", pontua. 

Mesmo mostrando potencial, o jogador ainda não foi relacionado para as partidas do time no Campeonato Mineiro. O técnico Nery Tambeiro entende que ainda é cedo para que o atleta faça parte de alguma partida, deixando estes primeiros dias para que ela possa se ambientar ao clube e aos novos colegas, assim como adquirir uma melhor condição física.

"Ele veio do vôlei de praia, ainda precisa se adaptar ao vôlei de quadra. Mas já mostrou que tem potencial e precisa de um maior período de trabalho para se ambientar", salienta o treinador. 

Minas tem histórico recente com cubanos
Nos últimos anos, o Minas contou com cubanos que acabaram não dando muito certo. Um deles foi o central Danger Quintana, que fez poucas partidas pelo clube da Rua da Bahia. Outro foi o ponta Raidel, que não deixou muitas saudades. O atleta da ilha caribenha que mais deu certo na equipe foi o oposto Escobar, que foi o maior pontuador da Superliga masculina nas temporadas 2014/2015 e 2015/2016.

Quem também conseguiu destaque no time de BH foi o ponta Bisset, que usou do amadurecimento em terras mineiras nas temporadas 2016/2017 e 2017/2018 para despertar o interesse do vôlei russo. Mais recentemente, o Minas perdeu o ponta Elian, de apenas 19 anos, para o vôlei italiano. O jogador era uma das esperanças do clube para ser uma das referências do time adulto, mas acabou deixando Belo Horizonte depois de tentadora proposta do Modena.