O segundo jogo da semifinal da Superliga B de vôlei masculino, entre Café Vasconcelos / Araguari / Ubevôlei e Instituto Cuca (CE), mostrou o poder de reação do jovem time mineiro, composto em 100% por atletas cedidos pelo Sada Cruzeiro. Depois de perder o primeiro jogo da série em melhor de três, a equipe do Triângulo tinha a obrigação de vencer o duelo seguinte, no último domingo, para seguir viva na competição.

Após derrota no primeiro set, o Ubevôlei, que utiliza a estrutura do Praia Clube, de Uberlândia, teve cabeça boa para não se desesperar, apesar da pouca idade e buscar a virada em triunfo por 3 a 1, dentro de casa.

Nesta quarta-feira, ás 21h30, com transmissão do Sportv2, os mineiros voltam a jogar diante da sua torcida em busca de uma vitória que seria histórica para colocar a equipe na elite nacional pela primeira vez. 

A evolução do time foi grande durante o campeonato, com a prioridade sendo de melhorar o rendimento, sem pensar em classificação, o que poderia render uma desnecessária pressão sobre o grupo. 

"Claro que a meta era avançar de fase, mas primeiro a gente precisa evoluir, pensando no desenvolvimento destes garotos. A gente sabia que a equipe poderia melhorar a cada jogo, este era nosso principal objetivo.

A equipe não se permitiu se colocar em dificuldade em virtude desta possível semifinal, sabendo que estávamos em uma competição equilibrada e qualquer ponto ou set poderia fazer uma grande diferença, como foi ao final da fase de classificação", conta o técnico Luis Carlos Rodrigues, o Kadylac.

Foi somente após a terceira e quarta semana de jogos que o grupo conseguiu mostrar um rendimento de acordo com as expectativas do treinador. "Foi aí que um padrão de jogo condiziente com a competição surgiu, junto com a parte física dando bom resultado, a ponto de nos fazer começar a brigar pelas semifinais. Temos jogadores que estão no primeiro ano de adulto, outros que são juvenis e alguns nem isso. É um torneio que dá esta chance de crescimento para aprimorar as qualidades e identificar as deficiências que vão fazer a diferença durante a carreira. Estou muito feliz com o que time vem demonstrando, são atletas que deixam sua constribuição também na parte coletiva. Ainda nos falta a constância necessária, mas isso virá com o trabalho diário. Eles têm correspondido bem e ainda tem muito mais pra crescer", completa o treinador.