O Sada Cruzeiro tem a chance de reescrever a história nesta quarta-feira (23), às 19h, no ginásio do Riacho. No primeiro confronto pelas quartas-de-final da Superliga, o clube mineiro reencontra rival conhecido: o São José dos Campos. O projeto, que pelo primeiro ano está na cidade do interior paulista, até a última temporada era o Vôlei UM Itapetininga, que protagonizou umas das zebras mais marcantes da história recente do vôlei nacional.

Em temporada imparável, com quatro títulos em cinco competições até agora, incluindo os campeonatos Sul-Americano e Mundial de clubes, o Sada Cruzeiro tem a chance de deixar essa história no retrovisor e caminhar para mais uma taça na temporada que já entrou para a história do clube celeste.

Relembre os confrontos recentes entre Sada Cruzeiro e São José:

Derrota improvável

A temporada de 20/21 parecia encaminhada para o Sada Cruzeiro, que na fase classificatória havia perdido apenas duas partidas das 22 disputadas. O clube celeste se classificou em primeiro lugar para os play-offs, encarando o oitavo colocado Vôlei UM Itapetininga no chaveamento. O clube mineiro ainda teve a vantagem de ‘mandar’ ambos os jogos em casa, no Ginásio do Riacho, devido às restrições de eventos esportivos no estado de São Paulo na época, em função da pandemia da Covid-19.

Amplo favorito para avançar à semifinal, o Sada Cruzeiro teve dois jogos duros. No primeiro, foi superado por 3 a 0 em atuação irreconhecível, no qual o clube cometeu muitos erros no ataque e não conseguiu correr atrás do placar. No segundo, em jogo disputado, decidido no tie-break, foi novamente superado, ficando pelo caminho.

O ‘Itapê’, na próxima fase, acabou caindo para o Minas, que foi vice-campeão da Superliga na temporada. Algumas peças dessa campanha histórica ainda vestem a camisa do projeto: o central Thales, o oposto Renan Buiatti, atual maior pontuador da Superliga, o levantador Matheus Winck e o técnico Pedro Uehara, o Peu.

Temporada 21/22

Embalado na temporada, o Sada Cruzeiro não desacelerou após adeus precoce na última Superliga. O clube começou vencendo três torneios - Mineiro, Supercopa e Mundial de Clubes - e, no início de março, levantou a quarta taça no Sul-Americano.

Na Superliga, novamente venceu 20 das 22 partidas da primeira fase, tendo sido superado apenas pelo Fiat Gerdau Minas e pelo Sesi-SP, ambas as partidas no primeiro turno.

Os dois encontros com o São José foram semelhantes. Pela primeira rodada do turno, o Sada Cruzeiro recebeu o time paulista no Riachão, em jogo que terminou com placar de 3 a 0 para a equipe cruzeirense. As parciais mostraram um certo equilíbrio, com um time celeste ainda encontrando seu ritmo de jogo, mas ainda assim, superior técnica e taticamente.

Os dois times estrearam na liga nacional com os opostos brilhando dentro de quadra, dando o tom para o que seria constante durante o ano: Wallace foi o principal pontuador da partida, com 14 pontos, enquanto Renan Buiatti fez 13.

No returno, mais um 3 x 0 para o Sada Cruzeiro, mas em jogo muito mais dominante. O duelo do início do returno teve um elenco celeste mais entrosado, motivado após a conquista do Mundial de Clubes. Sem dificuldades, o clube superou o São José com parciais de 25-18; 25-22 e 25-14. Quem brilhou na ocasião foi o ponteiro López, que marcou 13 pontos.

Na quadra celeste, o elenco permanece quase todo o mesmo, mas com uma mudança que vem sendo uma das principais histórias da temporada. Filipe Ferraz, que na última Superliga vestiu a camisa azul e branca dentro de quadra, agora segura a prancheta para comandar os ex-colegas de time. O treinador, com apenas oito meses na nova função, já conquistou quatro títulos e, hoje, é uma das principais armas na campanha pelo quinto troféu. O Sada Cruzeiro é hexacampeão da Superliga.