Lágrimas ficaram para trás

Thaisa responde com números aos que lançaram dúvidas sobre seu potencial

Central está entre as cinco jogadoras que mais colocaram bolas no chão adversário

Daniel Ottoni| @superfcoficial
23/02/20 - 08h00

Após conquistar o pentacampeonato do Sul-Americano de Clubes, ao derrotar o Dentil Praia Clube por 3 a 0 na noite de sexta-feira (21), o Itambé Minas já retoma seu foco para a Superliga feminina, em que ocupa a vice-liderança. O time está a poucas rodadas de fechar o returno e conhecer o adversário dos play-offs.

O próximo jogo será sexta-feira, fora de casa, contra o Sesc (RJ), do técnico Bernardinho e candidata ao título nacional. E uma das principais armas estará à disposição, com sua evolução sendo primordial para o Minas manter o ritmo que fez a invencibilidade no returno acontecer após seis jogos.

A central Thaisa, de 32 anos, tem mostrado sua boa forma e recuperação física com números que impressionam. No ataque, é a segunda que mais se destaca, com 57% de efetividade. A líder no fundamento é a também central Carol, do Dentil Praia Clube, com 59%. Em pontos de ataque, Thaisa está à frente, com 158 anotações. No total, tem 263 pontos na Superliga, o que a deixa entre as cinco jogadoras que mais colocaram bolas no chão adversário. Entre as bloqueadoras, são 72 pontos, a que mais pontuou nesse fundamento em todo o torneio. No saque, ela também lidera as estatísticas com 33 aces.

Thaisa, que desembarcou na capital mineira no início da temporada, tem correspondido às expectativas, dando uma resposta às desconfianças que alguns tiveram pelo fato de ela ter realizado cirurgias – no joelho e no tornozelo – que a deixaram afastada das quadras por longos meses.

“Tive muitos momentos de lágrimas e dúvidas. De dores e dificuldades. Por vezes, nem sei de onde saiu tanta força. Ouvi comentários como ‘se voltar a jogar, não será em alto nível mais’, que doíam, mas nunca desisti. Confesso que, por vezes, chorei, mas os comentários me serviram de motivação”, destaca a meio de rede de 1,96 m. Seu bom desempenho, aliás, a deixa como uma das fortes candidatas nos Jogos de Tóquio.

Apesar de sua performance, Thaisa deixa claro que dá prioridade ao trabalho coletivo. “Acho que isso (o desempenho individual) não quer dizer nada se não mantiver o trabalho em equipe. Fico feliz em ajudar, mas sei que ainda há muito a ser trabalhado e melhorado. Eu me sinto muito querida e respeitada por todos no Minas. Recebo o carinho dos torcedores, e não há nada melhor que isso, principalmente por ser o resultado do meu esforço e do meu trabalho”, afirma a jogadora.

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