Manu Gavassi sem pudores

“Nós somos a geração da solidão. Faz parte do meu charme não acreditar no amor”. Quem acompanha, desde o princípio, a carreira de Manu Gavassi, provavelmente vai se surpreender com seu novo álbum, “Manu”, lançado na última sexta-feira. Na capa do disco, a adolescente meiga dá lugar a uma mulher sensual e bem-resolvida. Já nas canções, a batida eletrônica serve de base a uma jovem empoderada, que critica sua geração e toma a frente de seus relacionamentos.

Depois de fazer sucesso com o público adolescente, a paulista mudou o foco. “A gente cresce e amadurece. Nos últimos anos, minha vida tá focada em mim e no meu relacionamento comigo mesma. Esse CD reflete muito esse período de amadurecimento de uma menina virando mulher”, diz.

Apesar das transformações, a cantora garante não ter perdido sua identidade. “Sinto que, mesmo mudando pra caramba a temática das músicas e os arranjos, não perdi minha essência. Continuo escrevendo sobre o que vivo. Só as situações que mudaram”, garante.

Mesmo com tanta novidade, a Manu mais acústica ainda pode ser identificada em algumas faixas, como na “Fora de Foco”, uma das três composições feitas em conjunto com Ana Caetano, do dueto Anavitória. As duas, que já eram amigas, começaram a pensar numa parceria por sugestão de Felipe Simas, empresário de ambas. “A Aninha foi a um show meu e, depois do show, me mandou um WhatsApp: ‘Manu, comecei uma música e tô achando que tem tudo a ver com você. Vê se você gosta, e vamos continuar juntas’. No dia seguinte, a gente já tinha a música pronta por WhatsApp”.

Em seu novo álbum, Manu também dispensou as roupas. Posando sensualmente diante das câmeras, ela acredita que a fotografia de capa reflete bem seu momento com o corpo e com a música. “Na verdade, a capa nem era pra ser essa, mas a gente olhou e falou: ‘Cara, ouvindo o CD e pensando nesse momento, não tem como ser outra’”.

A cantora, que se encontrou no pilates, garante que não vê nenhuma polêmica na nudez. “É uma foto bonita, de bom gosto. Acho que a gente tem que mostrar da maneira que a gente quiser o nosso corpo, e ninguém pode ser julgado por isso”.

Acusada de plágio

Falando em polêmica, Manu foi recentemente acusada de plágio no clipe da canção “Hipnose”, que apresenta fortes semelhanças com “Hypnotic”, da cantora norte-americana Zella Day. Na versão original, dirigida por Gianennio Salucci, a estrela contracena com uma cobra e dança dentro de uma banheira sob um jogo de luzes coloridas. Manu confirma a referência, mas garante não ter entendido a repercussão negativa do caso. “O diretor do clipe ‘Hypnotic’ me mandou uma mensagem superfofa agradecendo por ter me inspirado ao clipe dele, falando que é uma honra saber que isso tá chegando no Brasil”, lacra a artista, bem mais madura.

* Sob a supervisão de Felipe Pedrosa

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