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O jornalista Anderson Moreira Alves, 41, e a esposa, Adriana Bastos, 34, viajaram nas férias para Cancún, no México, em plena pandemia de coronavírus. “Em dezembro, quando os números da doença deram uma melhorada, procuramos um destino que estivesse aceitando turistas, e Cancún se encaixou em todos os sentidos”, afirma Alves.
Antes da viagem, o casal tratou de tomar precauções e consultou os amigos que tinham visitado o destino recentemente. Outro fator que pesou na escolha de Cancún foi o custo-benefício. “Os preços tiveram uma queda significativa, estavam bem convidativos”, enfatiza Alves. Incluindo aéreo e hospedagem, eles gastaram cerca de R$ 12 mil em dez dias de viagem.
Variantes
Desde que começou a pandemia, em março do ano passado, encontrar um destino que não está com as fronteiras totalmente fechadas ou não impõe muitas restrições aos turistas estrangeiros – principalmente aqueles oriundos de África do Sul, Brasil e Reino Unido, por conta do surgimento de variantes do coronavírus – é algo difícil.
Hoje, mais de cem países fazem algum tipo de restrições à entrada de viajantes, entre as mais comuns exigência de teste PCR negativo para Covid-19, quarentena de 14 dias, declaração de saúde e seguro-viagem com cobertura para a doença – além do México, Nicarágua e República Dominicana são os países latino-americanos com as medidas menos restritivas.
Menos restrições
No México, a estratégia tem sido diferente: embora as fronteiras terrestres estejam fechadas, as aéreas continuam abertas. Os viajantes que chegam ao país são apenas orientados a preencher o “Cuestionário de identificación de factores de riesgo em viajeros” 12 horas antes do voo e medir a temperatura.
A partir deste ano, o país também passou a exigir teste PCR do viajante, mas no site da embaixada não há nenhuma informação sobre isso. “Só descobrimos essa exigência porque amigos nos alertaram”, afirma Alves. Mesmo assim, o teste não foi solicitado ao casal na imigração. “Era algo muito aleatório. Pediam de alguns turistas, e de outros, não”, explica.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o México foi o terceiro país mais visitado do mundo no ano passado, atrás da Itália e da França
Queda nos preços
A facilidade de acesso tem transformado Cancún, principal destino turístico do México, em um oásis para os turistas. A pandemia provocou uma queda nos preços das diárias do resorts na península de Yucatán e na Riviera Maya, no Estado de Quintana Roo. O destino foi até cenário da novela das sete da TV Globo, “Salve-se Quem Puder”.
No pré-pandemia, Cancún recebia cerca de 15 milhões de visitantes por ano, mas o movimento turístico encolheu 60% no ano passado. Manter o destino aberto garantiu, em parte, sua recuperação. Nesta Páscoa, a Associação de Hotéis de Cancún esperava uma ocupação de até 60% nos hotéis.
Em Cancún, boa parte dos atrativos está a céu aberto – as praias, os cenotes (poços de águas cristalinas), Isla Mujeres, parques X-Caret e Xe-Ha, as ruínas maia de Chichén Itzá e Tulum. Hotéis, parques e passeios também estão oferecendo facilidades para que todas as reservas e ingressos possam ser transferidos para outra data sem custo.
"Seguro"
Anderson Alves conta que, durante sua estada em Cancún, se sentiu seguro e surpreso com o grau de conscientização da população quanto ao respeito às medidas de segurança em comparação com o Brasil. “Presenciei coisas que não vi por aqui. Nenhum lugar estava lotado. Os restaurantes respeitavam a ocupação e o distanciamento. Se um turista tirava a máscara, logo vinha alguém e alertava para colocar”, afirma.
Até locais icônicos, como a discoteca Coco Bongo, uma mistura de entretenimento e restaurante, reabriram com novos protocolos: a capacidade caiu de 207 pessoas para 60 no máximo por show.
Ranking
A decisão do presidente Andrés Manuel López Obrador – ele é considerado a versão caribenha de Jair Bolsonaro por se recusar a usar máscara e decretar lockdown – fez o México registrar 1.838 novos casos diários de infecções pela Covid-19 e se tornar o terceiro país em mortes no mundo – eram 204.011 até ontem, segundo dados do portal datos.covid-19.conacyt.mx. A vacinação segue em ritmo lento, com 8.987.190 doses administradas.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o México tornou-se também, no período da pandemia, o terceiro país mais visitado do mundo no ano passado, atrás apenas da Itália e da França. Dados do Ministério do Turismo apontam, no entanto, que a atividade turística teve uma queda de 45% no ano passado. Na verdade, o que aconteceu é que o turismo se canalizou para o México com o fechamento dos vizinhos caribenhos.
"Não restritivo"
De acordo com o mapa de regulamentos de viagens de Covid-19 da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), o México é um dos poucos países do mundo classificados como “não restritivo”, junto com o Afeganistão e a Macedônia do Norte. Há duas semanas, Hugo López-Gatell, subsecretário de Saúde do México, descartou que o país tomará medidas mais rígidas nos requisitos de entrada de viajantes.
Quem leva
Operadora: Abreu Viagens
Pacote 1
Saída: 7 a 13/11
Inclui: aéreo saindo de BH pela Copa Airlines e 6 noites de hospedagem no Paradisus Cancun em regime all inclusive
Preço: A partir de R$ 8.043 ou 9 x R$ 715 + entrada de R$ 1.608 por pessoa em apartamento duplo
Pacote 2
Saída: 7 a 13/11
Inclui: aéreo saindo de BH pela Copa Airlines e 6 noites de hospedagem no Riu Cancun em regime all inclusive
Preço: A partir de R$ 7.650 ou 9 x R$ 680 + entrada de R$ 1.530 por pessoa em apartamento duplo
Informações: Consulte seu agente de viagens e peça esse pacote da Abreu Viagens ou acesse abreutur.com.br
Operadora: CVC
Pacote 1
Saída: 9 a 16,/9
Inclui: aéreo e hospedagem no Cancun Bay Resorts em sistema all inclusive
Preço: a partir de R$ 6.132 por pessoa
Pacote 2
Saída: 9 a 16/9
Inclui: aéreo e hospedagem no Park Royal Beach em sistema all inclusive
Preço: a partir de R$ 6.420 por pessoa.
Informações: cvc.com.br
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