Confira os 10 países mais perigosos para as mulheres viajarem sozinhas

Lugar de mulher é onde ela quiser e se for viajando, melhor ainda! A cada ano, o número de mulheres que têm optado por conhecer novos lugares e destinos de forma independente tem aumentado. Segundo pesquisa realizada pela plataforma Solo Female Travellers Club, 53% das entrevistadas viajam sozinhas porque querem e não por falta de companhia. Os principais motivos que as levam a essa decisão são: liberdade e flexibilidade (87%); escapar da rotina e das responsabilidades (83%); relaxar e autocuidado (79%); e desafiar a si mesmas (76%).

Ao programar uma viagem sozinha, as mulheres devem ficar atentas a alguns detalhes, como pesquisar todas as informações, inclusive os costumes, sobre o destino selecionado e escolher a hospedagem correta, optando por quartos individuais. “Além disso, é importante garantir um bom acesso à internet para contatar amigos e familiares e saber exatamente a localização da estadia e dos percursos que irá realizar na viagem”, aconselha Carlos Eduardo Pereira, diretor-executivo da Bancorbrás, uma das operadoras que oferecem pacotes e assistências às mulheres viajantes.

De acordo com a Travel Industry Association, cerca de 32 milhões de mulheres norte-americanas viajam sozinhas por ano. Na lista dos países mais seguros para as mulheres que viajam estão, pela ordem, Espanha, Singapura, Irlanda, Áustria, Suíça, Noruega, Portugal, Croácia, Canadá e Polônia. O resultado faz parte do relatório Women’s Danger Index (Índice de Perigo para Mulheres), que classificou os países baseado em fatores específicos como violência física ou sexual, discriminação, feminicídios, equidade de gênero e até mesmo a sensação de segurança nas ruas.

Na tentativa de determinar quais os países mãos perigosos para mulheres viajantes, o casal de jornalistas Asher e Lyric Fergusson estudou e classificou os 50 países turísticos mãos populares, criando o Women’s Danger Index (índice de perigo para mulheres). Eles classificaram os países baseado em fatores, como segurança nas ruas para mulheres, homicídio intencional de mulheres, violência sexual se não parceiras e violência sexual praticada por parceiro íntimo.

Recentemente, o caso da influencer brasileira Fernanda Santos, vítima de estupro coletivo na Índia, acendeu o alerta. O crime aconteceu em 1º de março, no Estado de Jharkhand. O casal contou nas redes sociais que seguia de moto até o Nepal, quando decidiu acampar na região. Durante a noite, eles foram atacados pelo grupo de oito homens. Enquanto Fernanda era vítima de violência sexual, o marido dela era segurado e espancado. A Índia é um dos países mais perigosos para mulheres viajarem, mesmo acompanhadas.

O ranking dos países mais perigosos para as mulheres viajantes:

1. África do Sul

É conhecido pela violência sexual. Apenas 25% das mulheres sul-africanas disseram que se sentiam seguras ao caminhar sozinhas à noite, o nível mais baixo de qualquer país. Estima-se que mais de 40% das mulheres sul-africanas serão violadas durante a sua vida. Além disso, a África do Sul classificou-se como a pior em termos de homicídio intencional de mulheres. Foi o único país a receber um "F" no índice.

2. Brasil

Apenas 28% das mulheres relataram sentir-se seguras ao caminhar sozinhas à noite. O país  também tem a terceira maior taxa de homicídios dolosos contra mulheres e está em sexto lugar no percentual de mulheres que sofreram violência física ou sexual por parte de seus parceiros íntimos, com 36,9%.

3. Rússia

A país tem a segunda maior taxa de homicídios dolosos contra mulheres do mundo. Está também está classificado como um dos dez principais países com leis e regulamentos que limitam a capacidade das mulheres de participar na sociedade e na economia.

4. México

Apenas cerca de 33% das mulheres no México relataram sentir-se seguras ao caminhar sozinhas à noite. Além disso, o México ocupa o terceiro lugar em termos de violência sexual não-parceira, que cerca de 16% das mulheres sofrem.

5. Irã

O lugar do Irã na lista deve-se em grande parte à sua classificação em primeiro lugar no que diz respeito à disparidade de gênero. O índice mede as disparidades entre homens e mulheres na participação econômica, no nível de escolaridade, na saúde e no empoderamento político. Além disso, o Irã ficou em terceiro lugar em termos de discriminação legal contra as mulheres.

6. República Dominicana

A ilha caribenha tem o quinto menor porcentagem de mulheres que se sentem seguras andando sozinhas à noite, 33%, e a quinta maior taxa de homicídio doloso contra mulheres. O país também ocupa o sexto lugar em termos de desigualdade de gênero, que mede a saúde, o empoderamento e o mercado de trabalho.

7. Egito

O país tem a quarta maior disparidade de gênero a nível mundial e a sétima maior desigualdade de género. Apenas 47% das mulheres relataram sentir-se seguras ao caminhar sozinhas à noite. Além disso, o país africano ocupa o sexto lugar em termos de leis e regulamentos que limitam a capacidade das mulheres de participar na sociedade e na economia.

8. Marrocos

Cerca de 45% das mulheres marroquinas sofrem violência física ou sexual por parte do seu parceiro íntimo, a percentagem mais elevada da lista. Cerca de 32% das mulheres concordam que a violência contra as mulheres é justificada em determinadas circunstâncias, o décimo país mais bem classificado. Além disso, Marrocos ocupa o décimo lugar em termos de discriminação legal contra as mulheres.

9. Índia

O país ocupa o quinto lugar em termos de violência entre parceiros íntimos, que é de 37,2%. De acordo com o índice de desigualdade de gênero, a Índia ocupa o primeiro lugar. Cerca de 45% das mulheres indianas inquiridas concordaram que é justificado que um marido ou parceiro bata na sua esposa ou parceiro em determinadas circunstâncias.

10. Tailândia

O país asiático ocupa o segundo lugar em termos de violência entre parceiros íntimos, relatada por cerca de 44% das mulheres. Além disso, cerca de 61% das mulheres concordaram que a violência contra as mulheres é justificada em determinadas circunstâncias, o valor mais elevado entre os 50 países estudados.