Se você é amante de grafite e da estrada, é mais do que possível combinar suas duas paixões desvendando a arte de rua de destinos mundo afora. Cada recanto tem uma região onde se concentram os murais e intervenções urbanas.
Walking tours, quase sempre gratuitos, guiam o visitante, levando-o a absorver a história por trás das cores e dos traços de cada artista. Se faz o tipo viajante solitário, basta procurar por um aplicativo de grafite local, que normalmente conta com geolocalização. É o caso de do Banksy Bristol Tour, (banksybristoltourapp.co.uk), que tem mapa e proporciona ao turista uma “caça” aos trabalhos do famoso artista em sua terra natal, Bristol, no Reino Unido.
Câmera na mão e boas descobertas!
Belo Horizonte
Sim, a capital mineira entrou no roteiro mundial de arte de rua. O Circuito Urbano de Arte (Cura), lançado em 2017, chamou a atenção para a capital ao encarar o desafio de pintar empenas de até 1.700 metros quadrados. Artistas reconhecidos da cidade, como DMS e Priscila Amoni, além de outros internacionais, como a argentina Milu Correch, participaram do projeto. A rua Sapucaí, no Floresta, se tornou um mirante com ares festivos. Mas, antes do Cura, BH já tinha uma cena de arte urbana consolidada. A avenida Antônio Carlos, a rua Niquelina e o bairro Santa Tereza são alguns dos muitos pontos de interesse. Se perca por aí!
Bogotá - Colômbia
A capital colombiana é exemplo de como um destino pode explorar a arte de rua como atração turística. O bairro La Candelaria faz jus ao clichê de “galeria ao céu aberto”. É como a Vila Madalena, de São Paulo. Vielas, casas históricas, lojinhas alternativas e murais de tirar o fôlego. Fique atento ao trabalho do artista colombiano Stinkfish, que mescla stencil de fotos de sua autoria com raios coloridos psicodélicos. Faça o Bogota Graffiti Tour, passeio gratuito de três horas, que conta com guias que vão além das informações sobre os artistas – eles propõem ao grupo uma reflexão sobre ocupação do espaço público.
Valparaíso - Chile
Há quem diga que a cidade chilena, a 124 km de Santiago, seja a capital mundial da arte de rua. Exageros (ou não) à parte, a cidade respira grafite. Basta reunir fôlego, subir os “cerros” e se deparar com centenas de murais de artistas de toda parte do mundo. Há walking tours todos os dias, às 10h30 e às 15h30, com a Valpo Street Art (valpostreetart.com). Ao final, você contribui com o quanto quiser. O roteiro vai de áreas superturísticas a outras conhecidas apenas pelos locais. Desfrute da overdose artística!
Nova York - Estados Unidos
Os bairros de Williamsburg e Bushwick, no Brooklyn, são exemplos perfeitos de como a comunidade hipster caminha junto com a gentrificação (expulsão da comunidade pobre, pelo aumento do custo de vida, para dar lugar a pessoas mais ricas). No caldeirão desse movimento alternativo está também a arte de rua, infelizmente. Entre uma cervejaria artesanal e outra, os grafiteiros mais renomados do mundo deixaram suas marcas por ali. Há uma grande oferta de walking tours. Se quiser ir por conta própria, busque por aplicativos com geolocalização. É lindo de se ver? É! Mas mantenha o olhar crítico.
Bristol - Inglaterra
Trata-se, apenas, da terra natal de Banksy, o artista de rua anônimo mais famoso do mundo. Nascido em 1974, ele foi influenciado pela onda de arte de rua que tomou a cidade nos anos 1980. É possível percorrer as ruas à caça dos murais mais antigos dele pela cidade. Visite ainda o Bristol Museum & Art Gallery, que guarda uma “obra” do artista. A melhor região para explorar é a autêntica Stokes Croft. Bristol está a cerca de 189 km de Londres e há ônibus diários que fazem o trajeto. bit.ly/2sC6Gw1.