A influenciadora Débora Peixoto, de 30 anos, virou assunto nas redes sociais ao postar um vídeo usando suas próprias fezes para realizar uma skincare. A publicação gerou polêmica na web, com muitos usuários acusando a influencer de fazer de tudo para hitar na internet. Por mais desagradável que possa parecer, será que a prática traz algum benefício?
Segundo o maquiador e influenciador digital Emerson Damas, não há nenhum benefício, cientificamente comprovado, em usar fezes humanas como parte de uma rotina de skincare. Isso porque fezes são material de descarte do corpo, composto por bactérias, toxinas e resíduos que o organismo eliminou, o que torna extremamente perigoso utilizá-las em qualquer prática de cuidado com a pele, de acordo com o profissional.
Emerson alerta que a prática não é segura e carrega consigo diversos riscos: “A pele pode ser exposta a infecções bacterianas, virais e parasitárias ao entrar em contato com fezes humanas. Isso pode levar a condições como dermatites, abscessos, e até problemas de saúde mais graves como septicemia, que é uma infecção generalizada. Além disso, o contato com toxinas presentes nas fezes pode causar reações alérgicas e inflamações severas”.
Por fim, o maquiador recomenda que as práticas de skincare sejam baseadas em produtos seguros, cientificamente comprovados e aprovados por dermatologistas: “É importante lembrar que a pele é o maior órgão do corpo humano e merece cuidados que priorizem sua saúde e integridade. Produtos de skincare são desenvolvidos após extensos estudos e testes para garantir que sejam eficazes e seguros para diferentes tipos de pele, minimizando os riscos de reações adversas e maximizando os benefícios”.
“Modismos perigosos que surgem na internet, como o uso de substâncias não testadas ou práticas extremas, não devem ser seguidos cegamente, especialmente quando há riscos reais de danos à saúde. Na busca por uma pele saudável e radiante, é fundamental seguir orientações de profissionais de saúde, investir em produtos de qualidade e evitar soluções milagrosas que, muitas vezes, são baseadas em desinformação e podem comprometer a saúde a longo prazo. Ao escolher uma rotina de cuidados com a pele, prefira métodos baseados em ciência, confiança e segurança. O autocuidado deve ser um ato de amor próprio e não uma corrida por cliques ou curtidas que pode acabar prejudicando sua saúde”, finaliza.