O fenômeno de “largar tudo” está relacionado, segundo especialistas, a características do mundo pós-moderno. “Antigamente, as pessoas trabalhavam pensando que, no futuro, viria a felicidade. Mas isso mudou. Hoje, elas buscam o prazer do agora”, explica Camila Fardin Grasseli, coordenadora do curso de psicologia do Centro Universitário Una.
A professora acredita que quem abandona tudo para viajar o mundo, normalmente, são jovens adultos, entre 23 e 32 anos. “É aquele que foi educado (pelos pais) com a ideia de que precisava trabalhar e aguentar os pontos para, lá na frente, ser recompensado com uma vida melhor”, explica.
Criadores do projeto Moporã, Bruno Hohl e Larissa Mungai acreditam que os mais novos buscam a realização. “Juntando isso com a facilidade da tecnologia, forma-se a combinação perfeita para esse movimento”, diz Larissa. (LM)