Anualmente, é muito comum a formação de furacões no Hemisfério Norte. Nesta quarta-feira (9/10) é aguardada a chegada de um dos mais poderosos já registrados no oceano Atlântico, o Milton, que deve avançar pelo golfo do México e atingir a costa da Flórida. O fenômeno atingiu a categoria máxima - 5 - na segunda-feira (7/10), com ventos de até 290 quilômetros por hora. Esta é a segunda vez em menos de duas semanas que a região é afetada por um furacão de categoria 5. Anteriormente, o Helene deixou 230 mortos em vários Estados do sudeste americano.
A classificação de "furacão" é conferida aos ciclones tropicais que surgem no Oceano Atlântico e no Pacífico Nordeste. Em outras regiões, essas tempestades recebem outros nomes, mas o fenômeno é essencialmente o mesmo: no Pacífico Noroeste, são chamados de tufões, e no Pacífico Sul e no Oceano Índico, são conhecidos como ciclones.
E como os furacões são categorizados? A escala Saffir-Simpson é utilizada para classificar furacões em cinco níveis, conforme a velocidade dos ventos e o potencial de destruição. Tempestades acima da categoria 3 são consideradas "grandes" por sua capacidade de causar mortes e destruição significativa. Contudo, ciclones de menor intensidade também apresentam riscos e exigem medidas de precaução.
Veja as categorias:
Furacões de categoria 1 têm ventos entre 119 e 153 km/h e podem causar estragos a telhados, telhas e calhas, além de torcer galhos e derrubar árvores com raízes mais superficiais.
Furacões de categoria 2, com ventos entre 154 e 177 km/h, apresentam um potencial de destruição maior, afetando, por exemplo, portas e janelas.
Ciclones de categoria 3, cujos ventos variam de 178 a 208 km/h, causam danos devastadores, destruindo telhados e derrubando árvores e postes.
Na categoria 4, os ventos entre 209 e 251 km/h destroem telhados e paredes externas, derrubando a maioria das árvores e postes nas áreas atingidas, que podem se tornar inabitáveis por semanas ou meses.
Furacões de categoria 5, com ventos acima de 252 km/h, destroem quase todas as estruturas de madeira, derrubando árvores e postes e deixando áreas sem energia por semanas ou até meses, tornando-as inabitáveis nesse período.
O furacão Milton
Milhões de moradores em fuga causaram engarrafamentos gigantescos nessa terça (8/10), em estradas da Flórida e esgotaram as bombas de combustível a caminho de um local mais seguro, em um êxodo que pode ser um dos maiores na história do Estado antes da chegada do furacão Milton, previsto para esta quarta-feira (9/10). A tempestade cresceu e se tornou uma das mais potentes já registradas. Segundo o presidente, Joe Biden, será o "pior furacão a atingir a Flórida em 100 anos".
O Milton atingiu a categoria máxima - 5 - na segunda-feira (7/10), com ventos de até 290 quilômetros por hora. Ontem, chegou a perder força, caindo para a categoria 4, com ventos de 265 quilômetros por hora, mas no fim do dia voltou a se fortalecer e foi reclassificado como categoria 5. Todos, desde autoridades locais até o presidente, pediram ontem que os residentes vulneráveis deixem a região. (Com informações da Folhapress)