O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou, nesta sexta-feira (22), o início da produção em série do míssil hipersônico "Oreshnik", depois que o Exército russo utilizou este armamento para bombardear a cidade ucraniana de Dnipro.

"Temos que iniciar a produção em série. A decisão (...) já foi tomada", declarou Putin, elogiando a "força particular e a potência desta arma", em uma reunião com altos comandos militares transmitida pela televisão.

Putin disse, ainda, que a Rússia continuará realizando testes com o Oreshnik ("aveleira", em russo), "em condições de combate".

"Prosseguiremos com estes testes, inclusive em condições de combate, em função da situação e da índole das ameaças para a segurança da Rússia", declarou.

O "Oreshnik" é um míssil balístico com capacidade nuclear, "de médio alcance", o que significa que pode atingir alvos situados entre 3.000 e 5.500 km.

Putin confirmou na quinta-feira que, em resposta aos bombardeios ucranianos com mísseis ocidentais, a Rússia disparou este novo tipo de míssil balístico hipersônico, sem carga nuclear, contra uma instalação militar em Dnipro, no centro-leste da Ucrânia.

Reunião 

Após o ataque, o Conselho Otan-Ucrânia realizará uma reunião em Bruxelas na terça-feira (26) para analisar o ataque lançado pela Rússia com um míssil balístico hipersônico de médio alcance, informaram fontes diplomáticas nesta sexta-feira (22).

A reunião do Conselho será a nível de embaixadores e foi convocada pela Ucrânia após o ataque russo à cidade ucraniana de Dnipro, disseram as fontes.

(AFP)