Após a morte do Papa Francisco na madrugada desta segunda-feira (21), uma dúvida paira sobre o mundo: quem será o novo papa? Os palpites surgem da imprensa italiana, de casas de apostas e, também, de ferramentas de inteligência artificial.
A reportagem de O TEMPO perguntou ao Chat GPT sobre quais os nomes dos cardeais que podem ser eleitos no Conclave. O processo deve começar entre 15 e 20 dias. Ao todo, são 252 cardeais, mas só 138 têm direito a voto. Destes, a grande maioria, cerca de 107, foram nomeados por papa Francisco.
Veja, abaixo, as apostas da ferramenta para a linha sucessória do argentino, que faleceu aos 88 anos.
Favoritos progressistas e moderados
Pietro Parolin (Itália) – Secretário de Estado do Vaticano, é considerado um diplomata habilidoso e um candidato de consenso entre diferentes alas da Igreja.
Matteo Zuppi (Itália) – Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, é conhecido por seu trabalho em justiça social e diálogo inter-religioso.
Luis Antonio Tagle (Filipinas) – Ex-arcebispo de Manila e atual prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, é visto como um possível primeiro papa asiático, com forte carisma e visão multicultural.
Peter Turkson (Gana) – Conhecido por sua atuação em questões de justiça social e desenvolvimento humano, seria o primeiro papa africano da era moderna.
Jean-Claude Hollerich (Luxemburgo) – Arcebispo de Luxemburgo e coordenador do Sínodo sobre a Sinodalidade, é reconhecido por sua abertura a reformas e diálogo dentro da Igreja.
Favoritos conservadores
Robert Sarah (Guiné) – Ex-prefeito da Congregação para o Culto Divino, é uma figura proeminente entre os conservadores, crítico das reformas de Francisco.
Gerhard Ludwig Müller (Alemanha) – Ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, é conhecido por sua defesa da ortodoxia doutrinária.
Raymond Burke (EUA) – Cardeal americano, conhecido por suas posições tradicionais e críticas às mudanças promovidas por Francisco.
Outros nomes em destaque
Pierbattista Pizzaballa (Itália) – Patriarca Latino de Jerusalém, tem experiência significativa em diálogo inter-religioso no Oriente Médio.
Jean-Marc Aveline (França) – Arcebispo de Marselha, é apontado como um dos favoritos de Francisco, com forte atuação em questões de imigração e diálogo inter-religioso.
O Conclave
A eleição do Papa é realizada segundo a Constituição Apostólica de 1996, promulgada pelo Papa Beato João Paulo II, que rege o funcionamento do Conclave. Na prática, trata-se de uma espécie de um retiro sagrado, no qual os cardeais eleitores se reúnem para discutir e votar o nome do próximo ‘Santo Padre’. Todos os cardeais eleitores ficam hospedados em uma acomodação, na chamada “Domus Sanctae Marthae”, construída na Cidade do Vaticano. Há cardeais de três ordens: diáconos, presbíteros e bispos.
Na parte da manhã e na parte da tarde, são feitas as orações e a celebração das sagradas funções ou preces. Em seguida, há os procedimentos para as eleições. Podem votar e ser votados todos os cardeais com menos de 80 anos de idade. Os cardeais eleitores são obrigados a participar do Conclave e são convocados pelo cardeal mais velho (Decano).
São feitas duas eleições por dia, uma de manhã e outra à tarde, e será eleito o cardeal que, numa dessas eleições, obtiver 2/3 dos votos, considerando presentes todos os cardeais. A eleição é secreta e cada cardeal coloca em uma cédula o nome em quem deseja votar. Três cardeais são escolhidos para fazer a contagem dos votos, esses são chamados de escrutinadores.
Se algum deles for escolhido com 2/3 de votos, estará eleito e, aceitando o cargo, é queimada uma fumaça branca no incinerador da Capela Sistina. Se após a segunda eleição do dia não houver ainda um eleito, então, queima-se uma fumaça negra que sai na chaminé da Capela, na Praça de São Pedro. Após cada eleição as cédulas são todas queimadas pelos escrutinadores.
Se houver algum cardeal doente que não possa sair de seu quarto, a urna é levada a ele por três cardeais, para que possa votar. Caso os cardeais não cheguem a um consenso sobre o novo Papa durante três dias de votações, estas serão suspensas durante um dia para uma pausa de oração. Em seguida, recomeçam as votações. Se, após sete novas tentativas, ainda não se verificar a eleição, faz-se outra pausa de oração. Se ainda assim as votações não tiverem êxito, os cardeais eleitores serão convidados a darem a sua opinião sobre aquilo que a maioria absoluta deles tiver estabelecido.