Pode-se dizer que o pontificado de Francisco foi duradouro. De 13 de março de 2013 a 21 abril de 2025, foram 12 anos de liderança à frente da Igreja Católica. Mas Bergoglio não é um dos mais longevos da história da Igreja Católica. Há não muito tempo, por exemplo, o mundo se despediu de João Paulo II, que ficou 26 anos no Vaticano, o terceiro maior pontificado já registrado. Na frente dele, São Pedro, considerado o primeiro papa, com 34 anos de evangelização, e Papa Pio XI, com 31 anos.

Confira a seguir quem foram os papas mais longevos da história:

São Pedro (33 a 67) - 34 anos

Apóstolo de Jesus, era natural de Betsaida e tinha como primeiro nome Simão. Depois, foi chamado de Pedro pelo próprio Cristo. Pedro foi aquele que, por medo, chegou a negar Cristo por três vezes.

Diz a bíblia que Pedro começou a evangelizar após testemunhar a ressurreição de Jesus. Ele teria recebido o Espírito Santo no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Morreu após uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo, a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como Jesus Cristo.

Desde então, Pedro, hoje considerado santo pelos católicos, foi quem tomou para si as chaves da Igreja Católica. Seus sucessores, os papas, são os escolhidos para continuar a missão dada pelo próprio Jesus Cristo.

Papa Pio IX (1846 a 1878) - 31 anos

Nascido na Itália, Giovanni Maria, seu nome de batismo, tinha uma doença mal diagnosticada que diziam ser epilepsia. Foi eleito papa em 16 de junho de 1846, adotando o nome de Pio IX.

É considerado um dos maiores papas da Igreja Católica. De acordo com uma publicação do L'Osservatore Romano, um dos seus primeiros atos foi dar anistia para crimes políticos. Em 1847, ele promulgou um decreto concedendo ampla liberdade de imprensa e instituiu uma guarda civil, o conselho municipal e comunal, o Conselho de Estado e o Conselho de Ministros.

Em 1853, ele condenou as doutrinas galicanas e fundou o famoso "Seminario Pio". Ele estabeleceu a Comissão de Arqueologia Cristã, definiu o dogma da Imaculada Conceição em 8 de dezembro de 1854 e abençoou a reconstruída Basílica de São Paulo, que havia sido destruída por um incêndio em 1823.

Foi autor de uma série de atos dentro da Igreja, como abrir o Primeiro Concílio Ecumênico do Vaticano, considerada a pérola de seu pontificado. Com problemas de saúde, fez seu último discurso aos párocos de Roma em 2 de fevereiro de 1878. Morreu cinco dias depois, em 7 de fevereiro.

João Paulo II (1978 a 2005) - 26 anos

Karol Józef Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. Era o mais novo de três irmãos. Reza a lenda que Emilia Kaczorowska, sua mãe, teve uma gestação de risco, sendo, inclusive, orientada pelos médicos a interromper a gravidez, dado o risco de morte. Emilia, no entanto, decidiu seguir com a gestação e deu à luz o homem que, no futuro, se tornou grande defensor da família e da vida. Emilia morreu somente nove anos depois, com saúde já debilitada.

Karol foi eleito papa em 16 de outubro de 1978, para sucessão de João Paulo I. Foi a primeira vez, em cerca de 450 anos, que elegeram um Papa não italiano. Em 13 de maio de 1981, sofreu um atentado na Praça São Pedro, no Vaticano, na frente de cerca de dez mil pessoas: foi atingido com três tiros (braço, abdômen e mão). João Paulo II atribuiu à Virgem Maria sua sobrevivência ao atentado.

Foi João Paulo II quem criou as Jornadas Mundiais da Juventude. Segundo publicação da Canção Nova, o papa também escreveu 14 encíclicas, organizou 15 assembleias do Sínodo dos Bispos, nomeou 231 cardeais, beatificou 1338 pessoas e canonizou 482 santos. 

Nos últimos anos de vida, lutou contra o Parkinson. Morreu no dia 2 de abril de 2005. Teve um funeral que reuniu milhões de fiéis em Roma e mais de 200 representantes de governos.