Um grupo de 40 pessoas, incluindo pobres, sem-teto, presos, transgêneros e migrantes, vai participar do funeral do papa Francisco neste sábado (26), revelou o Vaticano. Eles vão estar na escadaria da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, na Itália.  O grupo vai receber o corpo do pontífice para uma última despedida e cada um vai segurar uma rosa branca na mão.

De acordo com o portal Vatican News, a ideia nasceu após uma conversa entre o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Ravelli, e dom Benoni Ambarus, bispo conhecido como “dom Ben”, secretário da Comissão para as Migrações da Conferência Episcopal Italiana e delegado para a área da caridade.

Em 26 de dezembro, dom Benoni Ambarus esteve ao lado de Francisco em um dos gestos mais simbólicos do pontificado: a abertura da Porta Santa no cárcere de Rebibbia.

"É uma tentativa de valorizar de alguma forma a presença dos pobres no funeral. Foi escolhida uma representação das diversas categorias de pessoas frágeis, carentes, incluindo moradores de rua, migrantes, detentos ou ex-presidiários ou famílias pobres. Idealmente, é como se todas as suas pessoas prediletas o acompanhassem em seus últimos passos", afirmou o Vaticano. 

Ainda de acordo com o Vaticano, cerca de 250 mil pessoas prestaram suas homenagens ao papa Francisco durante os três dias de velório na Basílica de São Pedro.

Como será o funeral?

Segundo o Vaticano, o funeral ocorrerá ao ar livre em frente à Basílica de São Pedro no sábado a partir das 5h, no horário de Brasília. O decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, conduzirá a cerimônia. Ele também será responsável pela Santa Missa Exequial, celebração litúrgica apenas para a morte de pontífices.

No final do funeral, Giovanni fará a recomendação final - uma oração de encerramento onde o papa será formalmente confiado a Deus - e o corpo será levado para Santa Maria Maior para o sepultamento.