Um longa-metragem disponibilizado pela Netflix em 2017 fez referência à morte do papa Leão XIV, nome que Robert Francis Prevost adotou apenas em 8 de maio de 2025. A produção "O Habitante" exibe em uma de suas cenas um noticiário fictício com a tarja "Morre o papa Leão XIV" na tela.

O filme dirigido por Guillermo Amoedo foi lançado quando o atual pontífice ainda era apenas um religioso que atuava na cidade peruana de Chiclayo. Na época, o papa Francisco liderava a Igreja Católica, pontificado que se estendeu de 2013 a 2025.

A obra narra a história de três irmãs que, durante um assalto a uma residência, encontram um segredo no porão do local. Em determinada sequência, aparece um telejornal anunciando o falecimento do líder da Igreja Católica por sepse e colapso cardiopulmonar.

"Urgente! Morre o papa Leão XIV", diz tarja que aparece no filme "O Habitante".    Reprodução | Netflix

 

O diretor explicou ao jornal argentino Clarín que a escolha do nome papal resultou de pesquisas sobre profecias religiosas. "O que fiz foi cruzar diferentes profecias, como as de São Malaquias e Santa Hildegarda de Bingen, com outras teorias apócrifas e também com a história dos antipapas. E Leão XIV foi o resultado", declarou o cineasta ao periódico.

Amoedo ressaltou que sua obra é ficcional, embora baseada em elementos religiosos autênticos. "Além do fato de ser uma obra de ficção, todos os temas religiosos em 'El Habitante' são baseados literalmente em escrituras católicas, profecias antigas e entrevistas com figuras importantes da área", complementou Guillermo.

O roteiro foi escrito em 2015, quando Francisco ocupava o trono de São Pedro, onde permaneceu por doze anos. A coincidência entre o filme e a realidade ganhou destaque após Prevost adotar o nome papal de Leão XIV no início deste mês.

A produção continua disponível na plataforma de streaming.