A Igreja Católica decide, nos próximos dias, quem será o seu novo líder. O Conclave, que será realizado a partir desta quarta-feira (7), só será finalizado após os mais de 130 cardeais chegarem a uma votação de ampla maioria em favor de um  dos religiosos em condições de assumir o pontificado. 

De acordo com o Vaticano, para ser eleito papa, um cardeal precisa obter o voto de dois terços do colégio eleitoral. Atualmente, cerca de 135 cardeais têm direito a voto, por terem menos de 80 anos. Neste sentido, será eleito ao papado quem tiver 89 votos.

A conta é válida apenas se todos os 135 votassem - mas, nas últimas semanas, inclusive, a igreja informou que ao menos dois sacerdotes não participariam do Conclave por motivos de saúde. 

Para chegar aos dois terços, os cardeais realizam votações pela manhã e à tarde. São dois escrutínios previstos em cada turno. Os sufrágios seguem até que se alcance a maioria, podendo ser realizadas pausas de oração pelos cardeais. 

De acordo com o Vaticano News, as votações são feitas todos os dias, duas vezes pela manhã e duas vezes à tarde, e se os cardeais eleitores tiverem dificuldade em chegar a um acordo sobre a pessoa a ser eleita, após três dias sem resultado, as votações são suspensas por no máximo um dia, para uma pausa de oração, discussão livre entre os eleitores e uma breve exortação espiritual, feita pelo primeiro cardeal da ordem dos diáconos

Nos últimos três Conclaves, a definição foi rápida, com o novo papa sendo anunciado na praça de São Pedro, em Roma, entre dois a três dias após o início das votações.