Um estudo recente revelou algo surpreendente: dinossauros, assim como nós, tiveram câncer. E a descoberta pode ser crucial para a medicina moderna.

📌 A descoberta surpreendente

Cientistas britânicos e romenos analisaram um fóssil de Telmatosaurus transsylvanicus, um dinossauro herbívoro do Cretáceo, com cerca de 66–70 milhões de anos. Usando microscopia de alta resolução, encontraram estruturas semelhantes a glóbulos vermelhos ligadas a um tumor na mandíbula — tipo chamado ameloblastoma, encontrado em humanos hoje :contentReference[oaicite:4]{index=4}.

Proteínas preservadas: uma janela milenar

Surpreendentemente, traços de tecido mole, como proteínas, ficaram preservados dentro do osso. Isso pode fornecer pistas moleculares sobre como o câncer funcionava lá atrás — insights úteis para entender a evolução da doença :contentReference[oaicite:5]{index=5}.

Outra evidência: câncer ósseo em um centrosaurus

Em 2020, pesquisadores do Royal Ontario Museum confirmaram o primeiro caso documentado de osteossarcoma — um câncer ósseo maligno — em Centrosaurus apertus. Um fóssil de 76 milhões de anos, escaneado por tomografia computadorizada e análise histológica, mostrou sinais claros de doença avançada :contentReference[oaicite:6]{index=6}.

🧬 Relevância para a Medicina Moderna

  • Evolução do câncer: Indica que o câncer já era presente em grandes vertebrados há dezenas de milhões de anos.
  • Ferramentas diagnósticas antigas: O uso de tomografia e microscopia para detectar tecidos preservados abre caminho para paleopatologia molecular :contentReference[oaicite:7]{index=7}.
  • Comparações úteis: Algumas linhagens hoje — como elefantes e baleias — desenvolveram mecanismos naturais contra câncer; estudar dinossauros pode mostrar caminhos alternativos evolutivos :contentReference[oaicite:8]{index=8}.

O que isso significa para o futuro?

1. A preservação de fósseis com tecidos mole é vital: essas amostras contêm proteínas estáveis úteis para estudo molecular.
2. Novas análises poderiam descobrir mais casos e formas de câncer em outros dinossauros e vertebrados antigos.
3. Isso poderá inspirar pesquisas sobre como certas espécies evoluíram resistência a tumores, com potencial aplicação em biomedicina humana.

📚 Leitura recomendada

  • Artigo no Biology sobre o Telmatosaurus e os tecidos preservados :contentReference[oaicite:9]{index=9}.
  • Estudo de osteossarcoma em Centrosaurus publicado em The Lancet Oncology :contentReference[oaicite:10]{index=10}.

Perguntas frequentes

🧍 Dinossauros tinham apenas câncer benigno?

Não. Foram encontrados casos benignos (ameloblastoma) e malignos (osteossarcoma), ambos com evidência microscópica e tomográfica.

🧬 Fósseis preservam tecido mole?

Sim, embora raro — neste caso, proteínas e até estruturas semelhantes a glóbulos vermelhos ficaram preservadas dentro do osso.

🔬 Como isso ajuda os humanos?

Entender como o câncer surgia e evoluía em grandes animais pode revelar genes ou mecanismos naturais de resistência. Essas pistas podem inspirar novas terapias.