Uma nova declaração científica da American Heart Association (AHA) reacende o debate sobre os supostos benefícios do consumo moderado de álcool. Apesar de anos de estudos observacionais indicando que uma taça de vinho por dia poderia proteger o coração, a entidade reforça: a ciência ainda não comprova essa teoria.

🍷 Beber moderadamente faz bem ao coração?

Estudos observacionais anteriores sugeriam que quem bebe de forma leve a moderada — cerca de 1 a 2 doses por dia — poderia ter menos risco de infarto, AVC ou morte súbita. No entanto, segundo a AHA, esses estudos estão sujeitos a vieses estatísticos, como estilo de vida mais saudável e melhor acesso à saúde entre os consumidores moderados.

Ou seja: a possível proteção cardiovascular pode não vir do álcool, mas sim de outros hábitos dessas pessoas.

⚠️ O que a ciência realmente sabe

  • O consumo excessivo de álcool está diretamente ligado ao aumento do risco de pressão alta, insuficiência cardíaca, arritmias e derrame.
  • O consumo moderado ainda é considerado de benefício incerto para o coração.
  • Não há ensaios clínicos robustos que recomendem beber como forma de prevenção cardiovascular.

💬 A recomendação da AHA

A entidade foi clara: não se deve incentivar o consumo de álcool como hábito saudável. Pessoas que não bebem não devem começar, e quem já consome bebidas alcoólicas deve ter moderação e discutir os riscos com um profissional de saúde.

🇧🇷 E no Brasil?

Com o álcool presente em diversas ocasiões sociais e culturais, a ideia de que "um pouquinho faz bem" é comum. Mas especialistas alertam: não há motivo para começar a beber buscando proteção ao coração.

Entre os brasileiros, o consumo nocivo de álcool está associado a uma série de problemas de saúde pública — do aumento da pressão arterial a doenças hepáticas e acidentes.

✅ Foco nos hábitos comprovados

A melhor forma de proteger seu coração continua sendo:

  • Manter uma alimentação equilibrada (rica em frutas, legumes e grãos integrais);
  • Praticar exercícios físicos regulares;
  • Evitar o tabagismo e controlar o estresse;
  • Fazer acompanhamento médico contínuo, especialmente em caso de histórico familiar.

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Redação O TEMPO | Saúde e Bem-Estar