Tiron Alexander, de 35 anos, foi condenado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos após fraudar companhias aéreas durante seis anos. Ele utilizou documentos falsos e números de crachá fictícios para obter passagens gratuitas destinadas exclusivamente a tripulantes.

O esquema fraudulento começou em 2018, quando Alexander passou a se apresentar como comissário de bordo para conseguir viajar sem pagar. Durante o período, ele fornecia informações falsas sobre sua identidade profissional, incluindo números de identificação inventados, que facilitavam sua passagem pelos controles de segurança ao fazer reservas online.

Em uma das empresas aéreas, Alexander comprou assentos para 34 rotas diferentes, apresentando papéis que supostamente comprovavam seu trabalho em sete companhias do setor. Para outras empresas, ele chegou a fornecer 30 diferentes números de crachá falsos ao longo de suas operações fraudulentas.

A estratégia funcionou por anos, permitindo que ele viajasse como suposto funcionário em pelo menos quatro companhias aéreas. O esquema só terminou quando Alexander foi detido e processado pela Administração de Segurança nos Transportes em 2024.

Documentação falsa apresentada

Durante o processo judicial, documentos analisados pelo tribunal indicavam que Alexander havia trabalhado em empresas como Southwest Airlines e American Airlines. A fraude foi descoberta quando se comprovou que ele havia falsificado documentos para se passar por membro da tripulação.

Na documentação apresentada, Alexander afirmava ter trabalhado na sede de uma companhia aérea em 2015, mas investigações revelaram que ele nunca atuou como piloto ou comissário durante esse período. Ele também declarou ter trabalhado para as empresas a partir de Dallas, Texas.

O fraudador ainda alegou ter prestado serviços para empresas de carga aérea, como Ameristar Jet Charter e Flexjet, em diversos momentos durante seu suposto período como comissário. As companhias aéreas prejudicadas pelo esquema não foram identificadas no comunicado divulgado pelo Departamento de Justiça na semana passada.

Após julgamento, Alexander foi considerado culpado de duas acusações: fraude eletrônica e entrada em área segura de aeroporto. A sentença das condenações foi adiada para 25 de agosto.

Uma condenação por fraude eletrônica pode resultar em significativas perdas financeiras e pena de prisão de até 20 anos, dependendo da gravidade do caso.