O regulador de aviação civil de Nova Deli ordenou à Air India que destituísse três funcionários de seus cargos devido a "falhas sistêmicas", segundo uma diretriz acessada pela AFP neste sábado (21), em meio à investigação da companhia aérea após um acidente fatal.

A instrução da Direção Geral de Aviação Civil (DGCA) não especifica se está relacionada com o acidente ocorrido em 12 de junho em Ahmedabad, no qual todos, exceto um dos 242 ocupantes do avião, morreram, além de 38 pessoas em terra. Ao todo, mais de 270 pessoas morreram.

A ordem da DGCA aponta que as declarações voluntárias da companhia aérea "indicam falhas sistêmicas na programação das tripulações, monitoramento do cumprimento e responsabilização interna".

"Preocupa especialmente a ausência de medidas disciplinares rigorosas contra os funcionários-chave diretamente responsáveis por essas deficiências operacionais", indicou a ordem emitida na sexta-feira.

"Esses funcionários estiveram envolvidos em erros graves e recorrentes", acrescentou.

O órgão regulador ordenou que a Air India removesse os três funcionários que fazem parte da diretoria "de todas as funções e responsabilidades relacionadas à programação das tripulações", adotasse medidas disciplinares e apresentasse um relatório sobre as ações tomadas no prazo de 10 dias.

Violações futuras também poderiam acarretar "a suspensão da licença".

A companhia aérea declarou neste sábado que já havia implementado a ordem.

"A Air India está comprometida em garantir total conformidade com os protocolos de segurança e práticas padrão", afirmou em comunicado.

Os investigadores estão tentando determinar o que causou a queda do avião da Air India, com destino a Londres, pouco depois da decolagem em Ahmedabad.

A Air India garantiu na quinta-feira que o avião, um Boeing 787-8 Dreamliner, estava "em bom estado" e que os pilotos eram experientes.

O gravador de voz da cabine (CVR) e o registrador de dados de voo (FDR) foram recuperados do local do acidente e estão sendo analisados.